Seis soluções para gerar riqueza e evitar desperdício de alimentos
No mundo inteiro, cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos são desperdiçadas todo ano. Mas, como Tanya Beckett descobriu no documentário de rádio The Business of Food Waste, empresários astutos estão encontrando cada vez mais novas maneiras de transformar a nossa comida estragada, indesejada ou excedente em lucro.
Assim, nas mãos certas, o seu sanduíche comido pela metade ou suas uvas mofadas podem gerar dinheiro.
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1. Transformar restos de comida em combustível
Cerca de um quarto de todos os alimentos que compramos vai para o lixo. Mas, enquanto uma maçã com bolor ou um iogurte fora da validade não podem ser muito úteis para você, um digestor anaeróbico os transforma em combustível que poderá aquecer o seu escritório em menos de 24 horas. Um número crescente de hotéis e empresas estão instalando sistemas de aquecimento de biomassa com base nessa tecnologia, enquanto as empresas de gestão de resíduos estão gerando energia sustentável em escala industrial usando restos orgânicos descartados pelas famílias e pela indústria alimentícia.
2. Vendendo frutas 'feias' e legumes a preços mais baixos
No Reino Unido, até 40% da produção de frutas e legumes é rejeitada pelos varejistas porque seu tamanho, formato ou aparência não cumprem as rigorosas normas exigidas. Mas start-ups de uso consciente de resíduos e alguns supermercados estão garantindo que esses alimentos de aparência estranha ou incomum ainda podem chegar ao prato das pessoas. As empresas com essa preocupação social oferecem esses produtos "feios" diretamente na porta das pessoas com descontos de até 50%.
3. Transformando alimento podre em proteína de inseto
A start-up britânica Entomics mira a redução do desperdício de alimentos, proteção ambiental e transformação disso tudo em lucro com a ajuda de uma pequena criatura: a mosca. A empresa planeja usar comida podre para alimentar e reproduzir larvas de moscas, que podem ser usadas como uma fonte de alimento com alta concentração de proteína para aves, peixes e animais de estimação.
Além disso, elas também podem ser transformadas em bio-óleo e fertilizantes.
Este processo de "reciclagem de nutrientes" pode soar um pouco nojento, mas ele também pode diminuir a quantidade de terra usada para o plantio de soja e de outras coisas usadas para a alimentação animal, tornando-se duplamente bom para o ambiente.
4. Criando demanda de produtos indesejados
Um número crescente de empresas estão transformando alimentos não vendidos ou "invendáveis" em pratos pelos quais as pessoas vão pagar caro. A start-up sustentável Fruit Spare até agora transformou 15 toneladas de restos de frutas ou de maçãs e peras com formatos estranhos ou imperfeitos em chips saudáveis e crocantes. A Rubies in the Rubble evitou que mais de 85 mil frutas e legumes fossem para aterro, transformando-os em molhos e picles. E como 44% do pão produzido no Reino Unido é descartado, a cervejaria Toast Ale já fez mais de 60 mil garrafas de cerveja usando sobras de pães.
5. Extrair pigmentos
Já se perguntou de onde vêm as tintas e corantes? No futuro, a resposta poderá ser dos alimentos descartados. A start-up Celbius está pesquisando maneiras de extrair pigmentos de matéria orgânica usando uma combinação de enzimas e ultra-som. O processo usa menos energia e menos produtos químicos do que outros métodos, e os corantes podem ser usados até mesmo para fabricar produtos alimentares ou cosméticos.
6. Ajudar as sobras a encontrarem uma nova casa
Um novo aplicativo de compartilhamento de alimentos está tornando mais fácil encontrar um lar para tudo, desde berinjelas a sobras de lasanha. O Olio permite anunciar a comida que sobra para as pessoas em sua região e combinar para que elas a busquem. O aplicativo é gratuito, mas seus criadores esperam torná-lo algo lucrativo através de publicidade, parcerias e doações.
A ONG Too Good To Go oferece um serviço similar para restaurantes, permitindo que eles anunciem refeições que seriam descartadas a preços baixíssimos para evitar que as sejam jogadas no lixo. Os clientes podem encontrar alimentos feitos por chefs a £2 (R$ 8,50). O aplicativo já salvou mais de um milhão de refeições em toda a Europa.
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