Vacina contra doenças pneumocócicas poderia evitar 20 mil mortes
Da Agência Estado<br>Em São Paulo
30/11/2007 10h49
A cada duas horas e 39 minutos, uma criança com menos de 5 anos poderia ser salva se tivesse tomado a vacina contra as chamadas doenças pneumocócicas, como pneumonia, meningite, otite média (inflamação no ouvido que pode deixar seqüelas como surdez) e bacteremia (infecção por bactérias no sangue). A dose, porém, só é oferecida pelo Ministério da Saúde a crianças com diabetes, asma, síndrome de Down e bebês prematuros. Enquanto a vacina que previne as complicações da doença, não é incluída no Calendário Nacional de Imunização, o Sistema Único de Saúde (SUS) gasta, por ano, R$ 69.500 milhões para tratá-las.
Os dados apresentados ontem fazem parte do estudo Pneumococo Avaliação Econômica (PAE) realizado por oito pesquisadores e consultores de universidades e entidades como a Unifesp, Sociedade Brasileira de Pediatria e Organização Pan-Americana de Saúde. "O custo-efeito da introdução da vacina pneumocócica conjugada 7-Valente no calendário vacinal é alto. Mas o Brasil economizaria por ano R$ 58 milhões para tratar as complicações da doença", disse a coordenadora do estudo, Gláucia Vespa.
As doenças pneumocócicas são causadas pela bactéria Streptococcus pneumonie - o pneumococo - com 90 sorotipos diferentes que se instalam no nariz e garganta e podem provocar doenças crônicas graves. As mais afetadas são as crianças porque elas ainda não desenvolveram anticorpos para combater a doença. A vacina pneumocócia 7-Valente combate sete dos 90 sorotipos da bactéria.
O PAE revelou que mais de 20 mil crianças com menos de 5 anos morrem todo ano no Brasil por causa das doenças. A bactéria causa anualmente 521 mil novos casos de pneumonia no Brasil e mais de 3 milhões casos de otite. Cerca de mil casos de meningite são notificados todo ano no país. "É um problema de saúde pública", ressaltou o presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Eitan Berezin.
Para reduzir o número de mortes causadas por essas doenças, a Organização Mundial da Saúde recomendou que todos os países em desenvolvimento incluam a vacina pneumocócica em seu calendário vacinal. No Brasil, a dose é oferecida na rede privada ao custo médio de R$ 200. A rede pública dispõe da vacina para os casos especiais em 39 Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais espalhados pelo País. As informações são do Jornal da Tarde
Os dados apresentados ontem fazem parte do estudo Pneumococo Avaliação Econômica (PAE) realizado por oito pesquisadores e consultores de universidades e entidades como a Unifesp, Sociedade Brasileira de Pediatria e Organização Pan-Americana de Saúde. "O custo-efeito da introdução da vacina pneumocócica conjugada 7-Valente no calendário vacinal é alto. Mas o Brasil economizaria por ano R$ 58 milhões para tratar as complicações da doença", disse a coordenadora do estudo, Gláucia Vespa.
As doenças pneumocócicas são causadas pela bactéria Streptococcus pneumonie - o pneumococo - com 90 sorotipos diferentes que se instalam no nariz e garganta e podem provocar doenças crônicas graves. As mais afetadas são as crianças porque elas ainda não desenvolveram anticorpos para combater a doença. A vacina pneumocócia 7-Valente combate sete dos 90 sorotipos da bactéria.
O PAE revelou que mais de 20 mil crianças com menos de 5 anos morrem todo ano no Brasil por causa das doenças. A bactéria causa anualmente 521 mil novos casos de pneumonia no Brasil e mais de 3 milhões casos de otite. Cerca de mil casos de meningite são notificados todo ano no país. "É um problema de saúde pública", ressaltou o presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Eitan Berezin.
Para reduzir o número de mortes causadas por essas doenças, a Organização Mundial da Saúde recomendou que todos os países em desenvolvimento incluam a vacina pneumocócica em seu calendário vacinal. No Brasil, a dose é oferecida na rede privada ao custo médio de R$ 200. A rede pública dispõe da vacina para os casos especiais em 39 Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais espalhados pelo País. As informações são do Jornal da Tarde
AE
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