Consumo de ômega 3 pode ajudar a prevenir o mal de Alzheimer
Um novo estudo descobriu que o consumo de ácidos graxos ômega 3, abundantes em peixes e nozes, está associado a níveis baixos de proteína beta-amiloide no sangue, um possível indício de aumento do risco de mal de Alzheimer.
As placas e emaranhados amiloides presentes no cérebro são conhecidos por aumentar o risco de deterioração mental, e os níveis da proteína no sangue podem refletir os níveis desses depósitos no cérebro. Os pesquisadores estudaram 1.219 pessoas mentalmente saudáveis com mais de 65 anos por meio do registro de suas dietas ao longo de um ano e meio e de exames de sangue para detectar a beta-amiloide, vitaminas e outros nutrientes. O estudo apareceu online na semana passada no periódico Neurology.
Nenhum dos nutrientes estava associado à redução dos níveis de beta amiloide, com exceção dos ácidos graxos ômega 3. Após levar em conta idade, escolaridade, etnia, consumo de álcool e genótipo da apolipoproteina E (marcador genético do risco de demência), os cientistas descobriram que níveis mais elevados de consumo de ômega 3 estavam associados a níveis significativamente menores de beta-amiloide no sangue.
Os participantes obtiveram o ômega 3 principalmente de peixes, aves, margarina e nozes, mas Nikolaos Scarmeas, autor sênior do estudo, não quis oferecer recomendações de dieta.
"O objetivo do estudo é examinar e confirmar, ou refutar, os mecanismos através dos quais o ômega 3 pode afetar as funções cerebrais", afirmou Scarmeas. "Contudo, ele não se destina a produzir recomendações de saúde pública."
Scarmeas é professor adjunto de neurologia clínica da Universidade Columbia.
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