Remédios representam quase metade dos gastos familiares com saúde, diz IBGE
Entre 2008 e 2009, os gastos com saúde representaram 7,2% no consumo médio mensal das famílias brasileiras, em torno de R$ 153,81, segundo estudo Perfil das Despesas no Brasil, da Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O gasto com remédios teve o maior peso, 48,6% do total.
Em seguida, os planos ou seguros de saúde consumiram 29,8% dos gastos com saúde. Já o item hospitalização apresentou o menor percentual (0,7%). Segundo o Instituto, este número reflete, provavelmente, o crescimento, nos últimos anos, do número de famílias que têm planos ou seguro saúde e do atendimento pelo serviço público. "A análise das prioridades dos gastos das famílias aponta para uma possível melhoria nas condições de saúde da população ou para a hipótese de que o atendimento do serviço público tenha sido mais eficiente", afirma.
Nas regiões Norte, Nordeste e Sul o item remédios também liderou a participação, com destaque para o Norte (57,5%). Essas regiões apresentaram os menores pesos de gastos com seguro de saúde, sendo o menor, de 18,7%, também na região Norte.
Entre 2002-2003 e 2008-2009, remédios, plano ou seguro de saúde e tratamentos médico e ambulatorial foram os itens que mostraram aumentos de participações no total das despesas com saúde. Observou-se queda de participação em consulta e tratamento dentário, consulta médica, serviço de cirurgia e hospitalização.
Na análise das famílias por classes de rendimento mensal, os remédios tiveram maior peso para as famílias com menores rendimentos (74,2%) contra 33,6% do grupo de maiores rendimentos. Por outro lado, as despesas com plano e seguro saúde representaram 42,3% do total de despesas com saúde no grupo das famílias com maiores rendas, enquanto, para as de menores rendas, o item apenas representou 7%.
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