Após morte por meningite, 84 pessoas ficam em observação em Itapetininga (SP)
A morte de um menino de quatro anos no último domingo (19) em decorrência de meningite meningocócica levou a Vigilância Epidemiológica de Itapetininga (a 170 km de São Paulo) a tomar uma medida de bloqueio contra a doença. A criança teve os primeiros sintomas da doença na quinta-feira (17) e morreu dois dias depois. A tia do menino também teve sintomas da doença, ficou internada no Hospital Regional da cidade, mas os resultados dos exames deram negativos e ela já recebeu alta.
Nesta quarta-feira (22), para evitar a proliferação da doença, a vigilância termina de medicar 84 pessoas que tiveram contato direto com o menino, inclusive alunos e professores da escola municipal infantil da Vila Reis, onde o garoto estudava. A meningite meningocócica é o tipo mais grave da doença. O bloqueio contra a doença começou na escola na manhã de terça-feira (21). Nesta quarta, alunos e professores tomam as duas últimas doses do antibiótico.
A medida, chamada de quimioprofilaxia, foi adotada para tranquilizar os pais das crianças. De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Águida Marcondes, essa foi a primeira morte por meningite registrada no município neste ano e apesar de a vigilância estar em alerta, ainda não há necessidade de vacinação contra a doença. “Todos os que tiveram contato direto com o menino estão tomando o antibiótico e não correm risco de contaminação. Por isso, não temos a necessidade de vacinação contra a meningite”, diz.
De acordo com a coordenadora, a população deve ficar atenta aos sintomas da meningite. “Febre muito alta - em torno de 40º C -, acompanhada de dor de cabeça e rigidez de nuca devem levar a pessoa a procurar atendimento médico imediatamente, uma vez que se o caso evoluir para uma gravidade - uma meningococcemia - o paciente pode entrar em coma e ir a óbito”, explica.
Ainda segundo Águida, medidas básicas podem evitar a doença. “É importante que as pessoas mantenham os lugares arejados, lavem bastante as mãos, bebam muita água e tenham uma alimentação saudável. Medidas simples que podem evitar a doença”.
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