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Infância vivida com os pais previne pressão alta na idade adulta

Em comparação com os homens que nunca moraram com os dois pais, a pressão arterial sistólica dos homens que tinham morado com o pai e a mãe em algum momento de suas vidas era em média 4,9 milímetros de mercúrio mais baixa - Thinkstock
Em comparação com os homens que nunca moraram com os dois pais, a pressão arterial sistólica dos homens que tinham morado com o pai e a mãe em algum momento de suas vidas era em média 4,9 milímetros de mercúrio mais baixa Imagem: Thinkstock

The New York Times

04/01/2014 07h00

Um novo estudo envolvendo homens negros sugere que morar com o pai e a mãe na infância reduz o risco de ter pressão arterial alta na idade adulta.

Estudos anteriores descobriram uma associação entre hipertensão e pobreza na infância, mas a análise publicada online no periódico Hypertension é a primeira a descobrir uma associação entre pressão arterial alta e a infância vivida apenas com um dos pais.

Os pesquisadores estudaram 515 homens negros com mais de 20 anos de 2001 a 2008. Mais da metade tinha pressão arterial alta e aproximadamente um terço nunca havia morado com os dois pais.

Após o controle das variáveis idade e histórico familiar de hipertensão, entre outras, os cientistas descobriram que, em comparação com os homens que nunca moraram com os dois pais, a pressão arterial sistólica dos homens que tinham morado com o pai e a mãe em algum momento de suas vidas era em média 4,9 milímetros de mercúrio mais baixa. Entre os que tinham morado de 1 a 12 anos com os dois pais, a pressão arterial era em média 6,5 milímetros de mercúrio mais baixa.

Os autores reconhecem que a convivência com os dois pais talvez esteja associada a um nível socioeconômico mais alto, o que poderia influenciar a pressão arterial. Além disso, o estudo não chegou a conclusões sobre uma relação de causa e efeito.

Debbie S. Barrington, principal autora do estudo e pesquisadora sênior do Instituto Nacional de Minorias e Desigualdades na Saúde, afirmou que essa foi uma descoberta interessante. "A magnitude do efeito é muito ampla, ainda maior que a ação de certos medicamentos para pressão arterial", afirmou.