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Superbactéria pode ter causado mortes em hospital de Montes Claros (MG)

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

24/01/2014 17h31

A Secretaria Municipal de Saúde de Montes Claros (417 km de Belo Horizonte) informou nesta sexta-feira (24) que dois pacientes infectados por superbactéria com mecanismo de resistência a antibióticos KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase) morreram no hospital Aroldo Tourinho, na primeira quinzena deste mês, onde estavam internados. A bactéria foi detectada na unidade hospitalar pelo setor de vigilância imunológica da unidade hospitalar.

No entanto, o órgão ressalta que as vítimas, um idoso e uma mulher, eram portadores de doenças graves e não descarta a possibilidade de as enfermidades, que não foram especificadas, terem sido a causa das mortes. A secretaria disse ter repassado a situação à Superintendência Estadual de Saúde de Minas Gerais.

Ainda conforme o órgão, outras sete pessoas internadas na unidade hospitalar, que tiveram contato ou foram contaminadas com a KPC, foram isoladas. Elas não apresentaram piora no estado de saúde, de acordo com informações da entidade.

Em nota, a secretaria informou que a partir da notificação da vigilância imunológica do hospital, “a Superintendência Estadual de Saúde, em conjunto com a secretaria Municipal de Saúde e com as equipes de vigilância das instituições de saúde de Montes Claros,  tomaram todas as medidas necessárias para controlar a KPC e informar a população sobre a questão”.

Os familiares das duas pessoas que morreram e dos pacientes isolados foram avisados sobre o caso e também estão sendo monitorados, informou a secretaria, que adiantou ter orientado os parentes dos hospitalizados a usarem cuidados básicos de higienização, como lavar as mãos, não sentar em camas hospitalares e não levar alimentos não autorizados aos familiares internados.

A nota revela ainda que, quando da alta dos pacientes, o Centro de Terapia Intensiva (CTI), onde eles estão confinados, será esterilizado.
O informe ainda tenta tranquilizar a população local afirmando que, apesar de ser uma bactéria resistente aos antibióticos normais, a KPC estaria restrita ao ambiente hospitalar e não prosperaria em pessoas saudáveis.