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Estudo associa baixos níveis de vitamina D a doença grave em gestante

Nicholas Bakalar

The New York Times

07/02/2014 15h20

Por meio da análise de amostras de sangue de gestantes, pesquisadores descobriram que níveis baixos de vitamina D estão associados ao aumento do risco de ter pré-eclâmpsia grave, uma doença da gestação que pode ser fatal.

A pré-eclâmpsia se manifesta pela pressão arterial alta e pelo excesso de proteína na urina.

Publicado online no periódico "Epidemiology", o estudo usou 3.703 amostras de sangue obtidas de mulheres que estavam em geral na 21ª semana de gestação, de 1959 a 1966. O nível sanguíneo de vitamina D de mais da metade das gestantes era inferior a 50 nanomoles por litro, quantidade que os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA consideram inadequada à saúde global, e 717 tinham pré-eclâmpsia leve ou grave.

Não foram descobertas associações entre o nível de vitamina D e a pré-eclâmpsia leve. Todavia, após o controle dos fatores índice de massa corporal, raça e nível socioeconômico, entre outros, os pesquisadores descobriram que o risco relativo de ter pré-eclâmpsia grave era 40% menor nas gestantes com níveis sanguíneos de vitamina D maiores que 50 em comparação com as gestantes com níveis inferiores da substância.

"A pré-eclâmpsia grave é rara", afirmou Lisa M. Bodnar, principal autora do estudo e professora adjunta de Epidemiologia da Universidade de Pittsburgh. "Além disso, não podemos determinar se o nível baixo de vitamina D é o que causa a doença. As mulheres não devem correr para as drogarias para comprar suplementos de vitamina D. A gestante que estiver preocupada deve conversar com seu médico e continuar a tomar as vitaminas pré-natais."