Após ferrugem em instrumentos, HC da Unicamp retoma cirurgias eletivas
Fabiana Marchezi
Do UOL, em Campinas (SP)
26/06/2014 14h10
O Hospital de Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) retomou efetivamente nesta quinta-feira (26) a realização de cirurgias eletivas – aquelas que são programadas e não são emergenciais.
O HC cancelou mais de 700 procedimentos em 15 dias úteis, após detectar ferrugem nos instrumentos cirúrgicos por causa de uma falha no antigo aparelho de esterilização. A partir de hoje, com a conclusão dos testes na nova máquina de esterilização dos materiais cirúrgicos, a unidade médica volta gradativamente a realizar uma média de 70 cirurgias diárias.
Para retomar o atendimento, o hospital precisou adquirir uma nova autoclave para a esterilização dos materiais. Apesar de ter sido instalado na semana passada, o equipamento ainda precisava passar por testes antes de ser utilizado. Para esta quinta estão programadas mais de 40 cirurgias eletivas.
Segundo a assessoria de imprensa, todos os dias haverá reuniões entre os médicos para decidir as cirurgias que serão realizadas – entre as eletivas do dia e as que tiveram de ser adiadas. A prioridade será para as de maior gravidade e, em seguida, prevalecerá a ordem anterior. Não há uma previsão para que os procedimentos sejam colocados em dia em razão do grande número de adiamentos. As cirurgias de urgência e emergência continuam sendo feitas normalmente.
O Centro de Materiais e Esterilização, que assegura limpeza, preparação, esterilização, armazenamento e distribuição de 30 mil itens mensais, normalizou os serviços na sexta-feira (20), de acordo com o hospital.
A suspensão dos procedimentos eletivos começou no dia 4, depois que os materiais cirúrgicos apresentaram uma mancha após o processo de esterilização.
Ferrugem
Após análise em amostras do resíduo, realizada pelo Instituto de Química da Unicamp e por dois laboratórios particulares, foi constatado que o resíduo era óxido ferroso -- uma espécie de ferrugem, cuja origem continua desconhecida.
Além de adquirir o novo aparelho de esterilização, a Unicamp também informou que houve análises de amostras de água e vapor que abastecem o hospital, limpeza de caixas d'água e canos de abastecimento. A capacidade da filtragem também foi ampliada.