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RJ tem 11 intoxicados após ingestão de baiacu; homem respira por aparelho

O baiacu é um peixe que armazena uma neurotoxina capaz de matar a vítima - Canindé Soares/UOL
O baiacu é um peixe que armazena uma neurotoxina capaz de matar a vítima Imagem: Canindé Soares/UOL

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

23/10/2014 13h05

Um grupo de 11 pessoas, sendo sete adultos e quatro crianças, foi atendido na rede pública de saúde de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, na quarta-feira (22), com sintomas de intoxicação alimentar por ingestão de baiacu ou fugu --peixe que armazena uma neurotoxina (a tetrodotoxina) capaz de provocar a morte da vítima.

O caso mais grave é o de José Augusto de Souza, 41, que está internado em estado grave no CTI do Hospital Moacyr Rodrigues do Carmo. Ele respira com a ajuda de um sistema de ventilação mecânica.

Também estão em estado grave, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, Jackson da Silva de Souza, 30, e dois menores. Os três foram transferidos para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. Não foram informados detalhes sobre o quadro clínico dos pacientes.

As outras sete pessoas encontram-se em observação, e cinco delas podem receber alta ainda hoje. As duas restantes estão sendo acompanhadas de forma mais rigorosa, mas não inspiram maiores cuidados. Todos os pacientes receberam tratamento de suporte com lavagem gástrica e medicação para desintoxicação.

A Prefeitura de Duque de Caxias informou ao UOL que está investigando as circunstâncias em que o grupo consumiu o peixe. Equipes da Vigilância Municipal Epidemiológica estão conversando com moradores do distrito de Campos Elíseos, onde ocorreu o fato, com o objetivo de identificar a presença do pescado no local.

De acordo com as primeiras informações, uma pessoa ainda não identificada teria doado o peixe para famílias da região.