Topo

Leucemia de Ken Humano é considerada rara e com cura mais difícil em adulto

O mineiro Celso Santebañes, 22, conhecido por suas inúmeras plásticas, sofre de tipo raro de leucemia - Carlos Cecconello/Folhapress
O mineiro Celso Santebañes, 22, conhecido por suas inúmeras plásticas, sofre de tipo raro de leucemia Imagem: Carlos Cecconello/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

04/02/2015 18h45

Com nome difícil, o câncer que acomete o modelo Celso Santebañes, 22, o “Ken Humano”, é considerado raro, costuma ser comum em crianças, mas se agrava com mais rapidez nos adultos.

A Leucemia Linfoide Aguda Philadelphia positivo se caracteriza por afetar as células linfoides produzidas na medula óssea. O modelo está internado em coma no Hospital das Clínicas de Uberlândia, em Minas Gerais, e seu estado é considerado grave.

O acúmulo de células defeituosas na medula óssea prejudica ou impede a produção dos glóbulos vermelhos, causando anemia, que por sua vez causa fadiga e palpitação. Ainda altera a produção dos glóbulos brancos, deixando o organismo mais sujeito a infecções, e das plaquetas, ocasionando sangramentos das gengivas e pelo nariz, manchas roxas na pele ou pontos vermelhos sob a pele.

“É uma leucemia de mais alto risco e de cura mais difícil na fase adulta. Mas se for descoberta o quanto antes, aumenta a sua chance de cura”, afirma o oncologista pediátrico Sidnei Epelman.

Seu diferencial é o tratamento mais complexo por ser feito com quimioterapia combinada a remédios à base de anticorpos monoclonais (que agem diretamente nas células doentes, preservando as sadias), explica o oncologista. 

“O que faz a diferença é saber o diagnóstico o mais rápido possível, fazendo uma bateria de exames que o confirme, em especial o exame de medula óssea e começar o tratamento quimioterápico com a medicação”, diz Epelman.

Doente pode precisar de transplante

A leucemia é um tipo de câncer que se inicia na medula óssea, que é o tecido mole dentro dos ossos responsável por produzir glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Algumas dessas células podem sofrer mutação para se tornar uma célula de leucemia, que pode se multiplicar em mais células doentes.

Existem quatro tipos principais de leucemia divididos em duas categorias: leucemias agudas (que se agravam rapidamente) e leucemias crônicas (que se agravam mais lentamente).

O tratamento tem o objetivo de destruir as células doentes, para que a medula óssea volte a produzir células normais. Para alguns casos, é indicado o transplante de medula óssea.