Medidas atuais são o bastante para conter avanço da dengue, diz Ministério
O Ministério da Saúde declarou em nota divulgada nesta quarta-feira (13) que as ações do poder público em conjunto com a sociedade feitas de forma permanente são eficientes para combater a epidemia e evitar casos graves e mortes. O Ministério informou também que está atento ao desenvolvimento de vacinas contra a dengue no Brasil e no mundo e tem se preparado para estabelecer as estratégias de utilização de vacinas de dengue, quando estiverem disponíveis, mas as ações contra o Aedes aegypti continuam como prioridade de saúde pública. "Seja porque as vacinas poderão ter eficácia limitada, seja porque outros vírus, como o Chikungunya e o Zika, também podem ser transmitidos por esse mesmo mosquito", escreveu no comunicado.
A nota também menciona que o Ministério recebeu o primeiro pedido para registro de uma vacina contra a doença do laboratório Sanofi, feita em 31 de março, e que Anvisa está em fase de avaliação do pedido. Caso seja aprovado, a vacina poderá ser comercializada, mas para sua utilização no SUS (Sistema Único de Saúde) terá de passar por nova fase de análises Comitês Técnicos Assessores em Imunizações e em Dengue, do Ministério da Saúde, que reúnem especialistas e sociedades científicas e, ainda, pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). A expectativa do laboratório é que em 2016 a vacina passe a ser comercializada.
A Sanofi entregou no final de 2014 os resultados clínicos feitos na terceira e última fase antes do pedido de comercialização. A vacina alcançou uma eficácia global de 60,8% entre os quatro tipos de dengue e uma redução de 80% no risco de hospitalização, em testes realizados com crianças e adolescentes de 9 a 16 anos.
O Ministério informou também em nota que recebeu o pedido do Insituto Butantan para iniciar a fase 3 das pesquisas no dia 10 de abril e indicou prioridade para que a análise. A fase 2 será concluída em julho pelo instituto da USP (Universidade de São Paulo). O estudo comprova a eficácia do produto para que ele passe por uma fase de testes em humanos. Outra pesquisa brasileira, coordenada pelo MS, identifica em 63 cidades do país a prevalência de cada sorotipo da doença para estimar quais os grupos prioritários a serem vacinados.
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