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Especialista afirma que transmissão de zika por doação de sangue é rara

Eduardo Anizelli/Folhapress
Imagem: Eduardo Anizelli/Folhapress

Da Agência Brasil

18/02/2016 22h45

Com pelo menos um caso registrado no Brasil de transmissão do vírus da zika por transfusão de sangue, a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), ressalta que esse tipo de transmissão é um evento raro. No Brasil, quem teve zika, dengue ou chikungunya deve ficar por 30 dias sem doar sangue, a partir do desaparecimento dos sintomas. 

"A medida mais efetiva para evitar a transmissão e garantir a segurança do sangue é combate ao mosquito transmissor", disse o presidente da ABHH, Dimas Covas. O especialista, afirma que não existem, testes laboratoriais de diagnóstico da infecção por zika que sejam registrados ou adequados para a triagem laboratorial de doadores de sangue. Mesmo assim, entende que as medidas necessárias para a segurança de quem recebe transfusão são previstas nas normas brasileiras. 

No Brasil, todo candidato a doação de sangue deve passar por uma triagem clínica antes da doação, para que ali possa relatar se teve sintomas de alguma de infecção. Em caso positivo, ele será descartado momentaneamente como doador. O Ministério da Saúde ainda reforça que os hemocentros devem pedir que os doadores informem ao serviço, caso tenham sinais como febre ou diarreia, até 7 dias após doação.

Segundo a entidade, anualmente são feitas cerca de quatro milhões de transfusões de sangue e dentre estas, no máximo, quatro ocorrências de transmissão de dengue e chikungunya são relatadas. Segundo o especialista, com a zika não é diferente. As três viroses têm o mesmo vetor, o Aedes aegypti.