Diretora da OMS visita hospital de referência em microcefalia no Recife

A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, e a diretora da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde) e da regional da OMS paras as Américas, Carissa Etienne, visitaram nesta quarta-feira (24) o Instituto Materno Infantil, um dos primeiros locais a ser credenciado para atender a crianças com microcefalia em Pernambuco, Estado com o maior número de casos de má-formação: 209 dos 583 confirmados no país.
Segundo o secretário estadual de Saúde, Iran Costa, que acompanha o grupo, disse que a expectativa é de que a credibilidade da OMS e da Opas aproxime os institutos internacionais, para que haja uma cooperação científica. "Estamos buscando novas tecnologias para lidar com a epidemia", afirmou.
Chan chegou ao Brasil ontem (23) e foi recebida pela presidenta Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, em Brasília. Ela participou de reuniões com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, e outros ministérios envolvidos no combate à epidemia. À tarde, ela visita a Fiocruz, no Rio.
Missões similares da cúpula da entidade aconteceram apenas na África, durante o surto de ebola. A OMS quer entender o que está sendo feito no combate ao Aedes para ajudar a preencher as lacunas da operação no Brasil, inclusive com pedidos à comunidade internacional de doações.
Após os encontros em Brasília, Chan disse estar bem impressionada com as ações para mobilizar a sociedade civil, setores religiosos e empresariado. "Nunca tinha visto uma liderança atacar o problema com tamanha velocidade e seriedade", falou.
Ela ressaltou que a zika desatou um alerta global, mas acredita que a resposta do Brasil deve garantir o sucesso dos Jogos Olímpicos no Rio.
Referindo-se ao Aedes aegypti como "grande inimigo", a diretora defendeu que o compartilhamento de informação e o combate aos criadouros são ações necessárias.
"O vírus da zika é muito complicado, muito resistente, muito difícil, assim como o mosquito Aedes aegypti. Aprendemos com a dengue e os surtos de chikungunya no passado e devemos esperar que surjam mais casos, devemos esperar que seja uma longa travessia", disse. ""Dois terços estão em residências, daí a necessidade de se informar a população." (Com Estadão Conteúdo e agências internacionais)
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