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"Acharam que era sinusite", diz família sobre homem vítima de febre amarela

Luan Santos

Colaboração para o UOL, no Rio

17/03/2017 13h26Atualizada em 18/03/2017 09h12

Watila Santos, 38, era pedreiro em Casimiro de Abreu, no interior do Rio. Com falta de ar, procurou o Hospital Municipal Ângela Maria Simões Menezes, mas foi liberado da unidade de saúde depois que os médicos disseram que ele estava com sinusite. Dois dias depois, voltou. Na consulta, disseram que estava com "virose" e ele, novamente, foi para casa. No dia 10, a situação se agravou: teve vômitos e dores no corpo. Desta vez, foi levado pelos bombeiros para o mesmo hospital e morreu no dia seguinte.

Quem conta a história é Camila Oliveira, cunhada de Watila: "Ele começou a piorar, estava muito mal". Após três idas ao hospital, o pedreiro tornou-se o primeiro caso de morte relacionada à febre amarela no Rio de Janeiro, segundo laudo divulgado pelo Governo do Estado.

A família de Watila não sabe como ele contraiu o vírus, já que não viajou para nenhuma área endêmica. Mas dizem que ele esteve há cerca de 15 dias em uma área de mata fechada, a 12 km de onde morava, uma região com grande presença de macacos.

Em Casimiro, há outro caso confirmado da doença: um paciente que também mora na localidade Córrego da Luz, na zona rural, e foi transferido para o Hospital dos Servidores, no Rio. Além dele, um tio de Watila também apresenta sintomas e aguarda resultado de exames no Hospital Municipal Ângela Maria Simões Menezes.

"Estamos apreensivos à espera do resultado. Não quero nem imaginar mais um caso na família, não vamos aguentar sofrer mais uma vez. Está difícil", diz Camila. Ela e outros familiares foram vacinados.

Atualmente, são 38 casos suspeitos da doença no Estado, segundo a Secretaria de Saúde do Rio. A pasta confirma que três macacos encontrados mortos tinham febre amarela --dois em São Sebastião do Alto (serra) e um de Campos (norte). Outros animais ainda são analisados pela FioCruz.

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