Deu ruim! 5G 'fake' é flagrado oferecendo velocidade menor que a do 4G
Resumo da notícia
- Um estudo da OpenSignal comparou velocidades 4G com o 5G E da AT&T
- Empresa é criticada e processada por concorrentes por chamar seu serviço de 5G E
- Na verdade, não se trata do 5G, a tecnologia móvel que vai substituir o 4G
O mundo das telecomunicações está ansiosamente aguardando pelo início da operação do 5G, que, em testes, já demonstra ser capaz de oferecer velocidade de transmissão até 20 vezes a do 4G. Algumas operadoras de telefonia, é claro, querem ser a primeiras a vender pacotes da quinta geração de conexão móvel. Foi o caso da AT&T nos Estados Unidos.
A empresa começou a mostrar o ícone "5G E" em alguns iPhones, algo que foi interpretado como uma prática enganosa já que os aparelhos da Apple não são capazes ainda de acessar o 5G. Agora, um estudo revelou que o 5G é "fake" também por outros motivos: a velocidade média dele chegar a ser até 1 Megabit por segundo menor que a da rede do 4G.
O estudo feito pela OpenSignal, empresa que averigua a performance de redes móveis, foi divulgado nesta sexta-feira (22). Ele mostrou que, enquanto o 5G E da AT&T alcançou médias de 28,8 Mbps, o 4G da T-Mobile e da Verizon atingiu velocidades de 29,4 Mbps e 29,9 Mbps, respectivamente. Ele só foi superior à taxa média da Sprint, de 20,4 Mbps.
As comparações são um novo revés para a AT&T, que trata o 5G E em suas propagandas como o "primeiro passo no caminho do 5G" e promete que o serviço "pode ser até duas vezes mais rápido que o padrão LTE [4G]".
As velocidades 5G E que os clientes da AT&T experimentam são muito mais as velocidades típicas de 4G e não a mudança de percurso que que o 5G promete
OpenSignal
As concorrentes T-Mobile, Verizon e Sprint já criticaram bastante a AT&T por ter tratado suas ofertas de pacotes do último padrão do 4G como se já fossem serviços de 5G. O que a empresa faz, na verdade, é exibir o ícone "5G E" em celular com capacidade de acessar a rede LTE Advanced Pro, uma evolução do padrão tecnológico por trás do 4G, mas que ainda não chega a ser o 5G.
A Sprint, por sua vez, não ficou só na reclamação. Levou o assunto à Justiça e abriu uma ação nos tribunais de Nova York, argumentando que a rival engana o público.
No Brasil, a Claro foi notificada pela Fundação Procon-SP por exibir o 5 maior em anúncios de seus serviços 4.5G. Para o órgão de defesa do consumidor, isso caracteriza propaganda enganosa por abrir espaço à interpretação de que já oferece pacotes 5G.
Depois da publicação do estudo nos EUA, a AT&T se defendeu. Disse que a metodologia da pesquisa da OpenSignal é problemática e não pode ser usada para se chegar às conclusões de que seu 5G E é mais lento que o 4G de outras empresas.
"A nota da OpenSignal revela que sua metodologia é falha", afirmou um porta-voz da operadora em nota enviada ao site Engadget.
Sem verificar se dispositivos com capacidade [5G] foram testados em uma área de cobertura 5G Evolution, os dados de teste de velocidade que pretendem mostrar a 'experiência real do 5G Evolution' não representam com precisão a experiência do usuário do 5G E
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