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Sandy custou mais de US$ 42 bilhões a Nova York

Em Nova York

26/11/2012 21h01

A supertempestade Sandy teve um custo de mais de US$ 42 bilhões para Nova York, causando mais prejuízos que o furacão Katrina, disse o governador de Nova York, Andrew Cuomo, nesta segunda-feira (26), ao solicitar fundos de emergência federais.

Cuomo destacou em coletiva de imprensa que o impacto do Sandy foi, em algumas medidas, pior que o Katrina, que causou devastação em toda a Costa do Golfo dos EUA em 2005. Apesar do número de mortos do Katrina, 1.833, ter sido muito maior que os cerca de 110 mortos durante a supertempestade Sandy no mês passado, os danos às propriedades e aos negócios foram piores dessa vez, disse o governador.

O total da conta em Nova York e na vizinha Nova Jersey é de "US$ 62, 61 bilhões" e este número deve aumentar ao incluir fundos extras para a prevenção, estimou Cuomo. Apenas em Nova York, ele disse que o custo total do trabalho de recuperação passou a US$ 32,8 bilhões, com US$ 9,1 bilhões em despesas de prevenção. Pagar essa conta inviabilizaria o orçamento de Nova York, disse Cuomo, pedindo que Washington forneça ajuda federal.

Mais cedo, o prefeito da cidade de Nova York, Michael Bloomberg, disse que a maior cidade norte-americana teve gastos de US$ 19 bilhões relacionados à supertempestade. A 'Big Apple' "vai penar para se recuperar a longo prazo, a menos que fundos federais sejam oferecidos," disse Bloomberg.

A supertempestade de 29 de outubro inundou o metrô, arruinou milhares de casas na região de Nova York e interrompeu a eletricidade em vários pontos da cidade durante dias, além de causar escassez de combustível. Entre as principais vítimas de Sandy está a Estátua da Liberdade, que tinha acabado de ser reaberta depois de um ano de reformas e agora deverá ficar fechada até pelo menos o fim do ano. O National Park Service disse em seu site que "ainda não foi estabelecida uma data de provável reabertura".

De acordo com o prefeito, o valor líquido dos reparos cairia para US$ 9,8 bilhões considerando os seguros particulares e a já prometida ajuda do Federal Emergency Management Agency (Fema). Contudo, "uma ação legislativa federal será necessária por causa do déficit orçamentário, após os fundos disponíveis do Fema e os valores dos seguros serem sacados," disse.

"Este fundo será necessário por causa das significativas despesas locais passadas e futuras, incluindo custos que não são cobertos pelo FemaA como a mitigação de riscos, soluções de construção a longo prazo e restauração e proteção da costa."