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Por dentro do navio de apoio oceanográfico brasileiro Ary Rongel

27/03/2013 06h43

A BORDO DO NAVIO ARY RONGEL , Antártica, 27 Mar 2014 (AFP) - O navio de apoio oceanográfico Ary Rongel foi construído em 1981 no estaleiro George Eide's Sonner, na Noruega, e incorporado em 1994 à Marinha brasileira, que o adquiriu por US$ 17,5 milhões.

Tem como missão básica apoiar os programas de ciências da Atmosfera, ciências da Terra, ciências de vida e de logística inscritos no Programa Antártico Brasileiro (Proantar).

Há 20 anos participa de operações com o Proantar (Operantar). Com 82 tripulantes, acomoda até 105 pessoas, deixando espaço para 23 civis (pesquisadores, jornalistas, outros militares, etc).

A embarcação, de 75,20 metros de comprimento por 13 de largura, possui 6 conveses (andares). Alcança velocidade de cruzeiro de 12 nós (cerca de 24 km/hora) e máxima de 13,5 nós (27 km/h).

Embora não seja um "quebra-gelo", tem casco reforçado que lhe permite navegar por campos de gelo fragmentado de até 80 centímetros de espessura.

Possui um tanque com capacidade para armazenar 1,038 milhão de litros de combustível, o que lhe permite ter autonomia para mais de 30 dias de navegação.

Tem 2 porões com capacidade para 1.110 metros cúbicos de carga e tanques para armazenar 112 mil litros d'água. O navio também dessaliniza água do mar, mantendo contínuo o estoque de água doce a bordo.

O lixo é separado e o orgânico é queimado em um incinerador, pois nada pode ser deixado na Antártica. Desde o ano passado a embarcação conta com uma Unidade de Tratamento de Águas Servidas (Utas).

O "gigante vermelho", como é carinhosamente chamado pelos tripulantes, conta ainda com dois laboratórios (um avante e outro a ré), guinchos oceanográfico e hidrológico, lavanderia, enfermaria, consultório odontológico, academia, praça d'armas (sala de convivência) com TV, videogame, jogos, karaokê.