Cerca de 30% da Grande Muralha da China da dinastia Ming desapareceu
A Grande Muralha da China perdeu cerca de 30% do comprimento de sua porção mais famosa edificada sob a dinastia Ming depois que seus tijolos foram utilizados para construir casas, segundo um estudo oficial citado nesta segunda-feira (29) pela imprensa.
Cerca de 2.000 quilômetros desapareceram e 1.200 estão danificados, considerou a Administração do Estado encarregada do patrimônio, que limitou seu estudo a um segmento de 9.000 km.
A grande afluência de turistas contribuiu igualmente para a degradação do monumento, acrescentou esta agência governamental.
"Os habitantes que vivem perto da Grande Muralha tinham o costume de utilizar seus tijolos para construir suas casas e vários setores da fortaleza foram destruídos como consequência da expansão urbana e da construção de estradas", detalhou Cheng Dalin, um especialista da Comissão de Estudos da Grande Muralha, citado pelo jornal Global Times.
A Grande Muralha não é contínua, e sim constituída de um conglomerado de porções construídas em diferentes períodos, desde o século III a.C. Se forem levadas em conta as partes desaparecidas e as que se formaram por relevos naturais, estima-se que seu comprimento total seja de 21.000 quilômetros.
O monumento mais famoso da China sofreu muitos ultrajes, atravessada por estradas, fábricas ou linhas de trem e espoliada de suas pedras e sua terra, sobretudo durante a Revolução Cultural maoísta (1966-1976).
Ao contrário do que se acredita, a Grande Muralha não pode ser observada a olho nu a partir da Lua.
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