Deputado holandês é julgado à revelia por incitação ao ódio
Schiphol, Holanda, 31 Out 2016 (AFP) - O julgamento contra o deputado de extrema direita holandês Geert Wilders por discriminação e incitação ao ódio começou na segunda-feira à revelia, um processo que o acusado tacha de "político" com vistas às eleições legislativas.
A audiência começou com a leitura pelo advogado de defesa, Geert-Jan Knoops, de uma declaração de Geert Wilders explicando por que tinha decidido não se apresentar ao tribunal.
"É um processo político e decidi não estar presente. É meu direito como político me expressar se há um problema na Holanda", declarou Wilders, conhecido por suas declarações anti-Islã, no comunicado lido por Knoops.
"É um tema que deveria ser levado perante o Parlamento e não diante de um tribunal de justiça", acrescentou o deputado de extrema direita.
Os fatos julgados ocorreram em março de 2014, durante um coquetel depois das eleições municipais em Haia, quando o deputado perguntou a seus militantes se queriam "mais ou menos marroquinos em (sua) cidade e na Holanda". Diante da multidão que gritava "Menos! Menos! Menos!", o deputado respondeu com um sorriso: "Vamos nos encarregar" disso.
Depois destas declarações, foram apresentadas 6.400 denúncias de parte de cidadãos e organizações.
O julgamento, que durará até 25 de novembro, é o segundo processo do tipo contra Geert Wilders. Em 2011, ele foi absolvido de acusações similares após ter comparecido a todas as audiências.
O deputado, de 53 anos, denunciou nesta sexta-feira uma "paródia de Justiça", destinada a mantê-lo calado ante a proximidade das eleições legislativas, previstas para março. Segundo pesquisas de opinião, seu Partido pela Liberdade (PVV) conseguiria resultados similares aos dos liberais (VVD) do primeiro-ministro, Mark Rutte.
Se for considerado culpado, Geert Wilders poderia ser condenado a uma pena máxima de dois anos de prisão ou a uma multa de mais de 20.000 euros. Segundo especialistas, uma multa menos onerosa ou uma pena de trabalhos de interesse geral são mais prováveis no caso de uma primeira condenação.
A audiência começou com a leitura pelo advogado de defesa, Geert-Jan Knoops, de uma declaração de Geert Wilders explicando por que tinha decidido não se apresentar ao tribunal.
"É um processo político e decidi não estar presente. É meu direito como político me expressar se há um problema na Holanda", declarou Wilders, conhecido por suas declarações anti-Islã, no comunicado lido por Knoops.
"É um tema que deveria ser levado perante o Parlamento e não diante de um tribunal de justiça", acrescentou o deputado de extrema direita.
Os fatos julgados ocorreram em março de 2014, durante um coquetel depois das eleições municipais em Haia, quando o deputado perguntou a seus militantes se queriam "mais ou menos marroquinos em (sua) cidade e na Holanda". Diante da multidão que gritava "Menos! Menos! Menos!", o deputado respondeu com um sorriso: "Vamos nos encarregar" disso.
Depois destas declarações, foram apresentadas 6.400 denúncias de parte de cidadãos e organizações.
O julgamento, que durará até 25 de novembro, é o segundo processo do tipo contra Geert Wilders. Em 2011, ele foi absolvido de acusações similares após ter comparecido a todas as audiências.
O deputado, de 53 anos, denunciou nesta sexta-feira uma "paródia de Justiça", destinada a mantê-lo calado ante a proximidade das eleições legislativas, previstas para março. Segundo pesquisas de opinião, seu Partido pela Liberdade (PVV) conseguiria resultados similares aos dos liberais (VVD) do primeiro-ministro, Mark Rutte.
Se for considerado culpado, Geert Wilders poderia ser condenado a uma pena máxima de dois anos de prisão ou a uma multa de mais de 20.000 euros. Segundo especialistas, uma multa menos onerosa ou uma pena de trabalhos de interesse geral são mais prováveis no caso de uma primeira condenação.
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