Europeus vivem cada vez mais, mas nem sempre com boa saúde
Bruxelas, 23 Nov 2016 (AFP) - A população da União Europeia (UE) vive cada vez mais, mas nem sempre com boa saúde, segundo um relatório conjunto da OCDE e da Comissão Europeia publicado nesta quarta-feira, que pede aos governos mais investimentos em seus sistemas de saúde.
"Temos que investir na vida das pessoas e no capital humano, na educação e no desenvolvimento de habilidades, e também na saúde e na assistência", destacou o comissário europeu de Saúde, Vytenis Andriukaitis, em uma coletiva de imprensa.
"Não devemos ver esta despesa como inevitável, mas como um investimento no futuro", acrescentou.
O envelhecimento da população e o aumento das doenças crônicas, junto aos limites orçamentários, fazem com que seja "necessário" que haja uma mudança no fornecimento de assistência médica, afirma a Comissão, baseando-se no relatório realizado com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre a situação da saúde e o acesso aos cuidados médicos na Europa.
Envelhecimento da populaçãoA proporção de pessoas com mais de 65 anos na UE passou de menos de 10% em 1960 para cerca de 20% em 2015, e pode chegar a 30% em 2060, de acordo com as projeções.
Em 18 Estados do bloco (só um deles do leste, a Eslovênia), a expectativa de vida é de mais de 80 anos. Porém, isso nem sempre é sinal de boa saúde, visto que na UE há cerca de 50 milhões de pessoas com doenças crônicas, indica o relatório.
Além disso, cerca de meio milhão de europeus em idade ativa morrem a cada ano por doenças crônicas, o que gera cerca de 115 bilhões de euros em gastos públicos.
A UE também destina 1,7% do seu PIB por ano a ajudas para as pessoas com incapacidade laboral ou que estejam de licença, um montante maior que o dos subsídios ao desemprego.
Os gastos de saúde na UE representaram 9,9% do PIB em 2015, em comparação com 8,7% em 2005.
Andriukaitis lamentou que "um grande número de pessoas morram a cada ano por doenças evitáveis relacionadas com fatores de risco como o tabaco ou a obesidade".
Na UE, uma entre cada cinco pessoas é fumante, e 16% dos adultos são obesos, em comparação com 11% em 2000.
A obesidade, junto ao consumo excessivo de álcool, são problemas "cada vez maiores" em muitos países da UE, a região onde mais se consome álcool no mundo, indica o relatório.
Desigualdades entre os Estados-membros"Ainda há muito por fazer para reduzir as desigualdades em matéria de acesso aos cuidados de saúde e da qualidade destes", afirma Angel Gurría, secretário-geral da OCDE.
A duração média de uma internação hospitalar passou de 10 dias em 2000 para oito dias em 2014.
Em alguns tratamentos, as diferenças entre os países continuam sendo significativas.
Após um ataque cardíaco, por exemplo, os pacientes permanecem internados, em média, menos de cinco dias na Bulgária, Dinamarca, Suécia e Eslováquia, em comparação com os mais de 10 dias na Alemanha.
Estas diferenças também refletem as variações nas práticas hospitalares e nos sistemas de pagamento, segundo o relatório.
No Reino Unido, Alemanha, Holanda e Eslováquia, predomina o uso de medicamentos genéricos, que representam mais de 70% dos produtos vendidos. Na Itália, Luxemburgo e Grécia, esta taxa é de menos de 20%.
Em quatro países - Chipre, Grécia, Bulgária e Romênia -, mais de 10% da população não têm cobertura médica básica.
"Temos que investir na vida das pessoas e no capital humano, na educação e no desenvolvimento de habilidades, e também na saúde e na assistência", destacou o comissário europeu de Saúde, Vytenis Andriukaitis, em uma coletiva de imprensa.
"Não devemos ver esta despesa como inevitável, mas como um investimento no futuro", acrescentou.
O envelhecimento da população e o aumento das doenças crônicas, junto aos limites orçamentários, fazem com que seja "necessário" que haja uma mudança no fornecimento de assistência médica, afirma a Comissão, baseando-se no relatório realizado com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre a situação da saúde e o acesso aos cuidados médicos na Europa.
Envelhecimento da populaçãoA proporção de pessoas com mais de 65 anos na UE passou de menos de 10% em 1960 para cerca de 20% em 2015, e pode chegar a 30% em 2060, de acordo com as projeções.
Em 18 Estados do bloco (só um deles do leste, a Eslovênia), a expectativa de vida é de mais de 80 anos. Porém, isso nem sempre é sinal de boa saúde, visto que na UE há cerca de 50 milhões de pessoas com doenças crônicas, indica o relatório.
Além disso, cerca de meio milhão de europeus em idade ativa morrem a cada ano por doenças crônicas, o que gera cerca de 115 bilhões de euros em gastos públicos.
A UE também destina 1,7% do seu PIB por ano a ajudas para as pessoas com incapacidade laboral ou que estejam de licença, um montante maior que o dos subsídios ao desemprego.
Os gastos de saúde na UE representaram 9,9% do PIB em 2015, em comparação com 8,7% em 2005.
Andriukaitis lamentou que "um grande número de pessoas morram a cada ano por doenças evitáveis relacionadas com fatores de risco como o tabaco ou a obesidade".
Na UE, uma entre cada cinco pessoas é fumante, e 16% dos adultos são obesos, em comparação com 11% em 2000.
A obesidade, junto ao consumo excessivo de álcool, são problemas "cada vez maiores" em muitos países da UE, a região onde mais se consome álcool no mundo, indica o relatório.
Desigualdades entre os Estados-membros"Ainda há muito por fazer para reduzir as desigualdades em matéria de acesso aos cuidados de saúde e da qualidade destes", afirma Angel Gurría, secretário-geral da OCDE.
A duração média de uma internação hospitalar passou de 10 dias em 2000 para oito dias em 2014.
Em alguns tratamentos, as diferenças entre os países continuam sendo significativas.
Após um ataque cardíaco, por exemplo, os pacientes permanecem internados, em média, menos de cinco dias na Bulgária, Dinamarca, Suécia e Eslováquia, em comparação com os mais de 10 dias na Alemanha.
Estas diferenças também refletem as variações nas práticas hospitalares e nos sistemas de pagamento, segundo o relatório.
No Reino Unido, Alemanha, Holanda e Eslováquia, predomina o uso de medicamentos genéricos, que representam mais de 70% dos produtos vendidos. Na Itália, Luxemburgo e Grécia, esta taxa é de menos de 20%.
Em quatro países - Chipre, Grécia, Bulgária e Romênia -, mais de 10% da população não têm cobertura médica básica.
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