Teste de ondas cerebrais com sons facilita diagnóstico de concussão
Paris, 22 dez 2016 (AFP) - De golpes na cabeça durante a prática de esportes até acidentes de carro e quedas no playground, a concussão é uma lesão cerebral comum particularmente difícil de se diagnosticar - até agora, disseram pesquisadores na quinta-feira.
Uma equipe americana revelou um teste rápido, portátil e confiável que mede as diferenças na atividade cerebral em resposta ao som.
"Nosso método pode evitar as suposições do diagnóstico de concussão", disse à AFP a coautora do estudo Nina Kraus, da Northwestern University, nos Estados Unidos.
"Nós descobrimos que as concussões interrompem o modo como o cérebro processa o som, e essa interrupção, que pode ser medida de forma não invasiva, pode potencialmente diagnosticar concussões".
A concussão ocorre quando um golpe forte na cabeça faz com que o cérebro - um órgão mole rodeado por uma camada de fluido dentro do crânio protetor - sacuda violentamente.
Em casos graves, pode levar a contusões, bem como a lesões nos nervos e vasos sanguíneos.
Uma concussão pode ser de leve a grave, com sintomas que vão desde perda da consciência ou amnésia até dor de cabeça e confusão.
Casos graves podem exigir cirurgia para aliviar o inchaço do cérebro ou o acúmulo de sangue no crânio.
Para o diagnóstico, os médicos precisam saber o que aconteceu com o paciente, e consideram uma série de sintomas - alguns deles óbvios, outros não.
Raios-X e outros exames muitas vezes não conseguem identificar o dano, e sinais como desorientação, fala arrastada ou perda de memória podem estar ausentes ou ser difíceis de detectar.
Mesmo som, ondas diferentes O diagnóstico "exige avaliar e equilibrar muitos fatores potenciais", disse Kraus. "Nossa descoberta faz com que seja mais parecido com um termômetro - sim ou não, há uma concussão aqui".
O novo teste consiste em colocar três pequenos sensores no crânio, fazer com que o paciente ouça um som e medir sua atividade cerebral.
Para este estudo, dois grupos de crianças - algumas previamente diagnosticadas com concussão e o resto saudáveis - foram expostos ao mesmo som.
"O que difere é a quantidade de atividade cerebral que seus cérebros geraram em resposta a esse som", explicou Krause.
As crianças com concussão mostraram menos atividade cerebral, descobriram os pesquisadores.
A equipe está confiante de que a técnica funcione também em adultos.
A nova ferramenta representa "um teste único e rápido que não requer treinamento avançado para se administrar", disse Kraus.
Ele também pode ser usado para rastrear a recuperação em um paciente, permitindo que os médicos determinem melhor quando ele pode retomar as atividades normais após um período de descanso.
Pesquisas anteriores mostraram que o risco de suicídio é três vezes maior entre os adultos que sofreram uma concussão, e que os sobreviventes de traumatismo cranioencefálico têm três vezes mais chances de morrer mais jovens.
O estudo foi publicado na revista científica Nature Scientific Reports. Um vídeo explicando o método pode ser visto aqui: http://brainvolts.northwestern.edu/demonstration.php.
Uma equipe americana revelou um teste rápido, portátil e confiável que mede as diferenças na atividade cerebral em resposta ao som.
"Nosso método pode evitar as suposições do diagnóstico de concussão", disse à AFP a coautora do estudo Nina Kraus, da Northwestern University, nos Estados Unidos.
"Nós descobrimos que as concussões interrompem o modo como o cérebro processa o som, e essa interrupção, que pode ser medida de forma não invasiva, pode potencialmente diagnosticar concussões".
A concussão ocorre quando um golpe forte na cabeça faz com que o cérebro - um órgão mole rodeado por uma camada de fluido dentro do crânio protetor - sacuda violentamente.
Em casos graves, pode levar a contusões, bem como a lesões nos nervos e vasos sanguíneos.
Uma concussão pode ser de leve a grave, com sintomas que vão desde perda da consciência ou amnésia até dor de cabeça e confusão.
Casos graves podem exigir cirurgia para aliviar o inchaço do cérebro ou o acúmulo de sangue no crânio.
Para o diagnóstico, os médicos precisam saber o que aconteceu com o paciente, e consideram uma série de sintomas - alguns deles óbvios, outros não.
Raios-X e outros exames muitas vezes não conseguem identificar o dano, e sinais como desorientação, fala arrastada ou perda de memória podem estar ausentes ou ser difíceis de detectar.
Mesmo som, ondas diferentes O diagnóstico "exige avaliar e equilibrar muitos fatores potenciais", disse Kraus. "Nossa descoberta faz com que seja mais parecido com um termômetro - sim ou não, há uma concussão aqui".
O novo teste consiste em colocar três pequenos sensores no crânio, fazer com que o paciente ouça um som e medir sua atividade cerebral.
Para este estudo, dois grupos de crianças - algumas previamente diagnosticadas com concussão e o resto saudáveis - foram expostos ao mesmo som.
"O que difere é a quantidade de atividade cerebral que seus cérebros geraram em resposta a esse som", explicou Krause.
As crianças com concussão mostraram menos atividade cerebral, descobriram os pesquisadores.
A equipe está confiante de que a técnica funcione também em adultos.
A nova ferramenta representa "um teste único e rápido que não requer treinamento avançado para se administrar", disse Kraus.
Ele também pode ser usado para rastrear a recuperação em um paciente, permitindo que os médicos determinem melhor quando ele pode retomar as atividades normais após um período de descanso.
Pesquisas anteriores mostraram que o risco de suicídio é três vezes maior entre os adultos que sofreram uma concussão, e que os sobreviventes de traumatismo cranioencefálico têm três vezes mais chances de morrer mais jovens.
O estudo foi publicado na revista científica Nature Scientific Reports. Um vídeo explicando o método pode ser visto aqui: http://brainvolts.northwestern.edu/demonstration.php.
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