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Cuba alcança recorde de quatro milhões de turistas em 2016

31/12/2016 12h38

Havana, 31 dez 2016 (AFP) - Cuba alcançou o recorde de quatro milhões de turistas em 2016, um avanço de 13% em relação ao ano anterior, devido principalmente ao aumento do número de visitantes dos Estados Unidos e da Europa.

O Ministério do Turismo informou em um comunicado que a ilha alcançou na sexta-feira os "quatro milhões" de turistas, "um novo recorde para os visitantes internacionais".

O número de visitantes "representa uma alta de 6% em relação ao previsto para o ano e um crescimento de 13% em comparação com 2015", segundo o comunicado publicado no jornal oficial Granma.

"As regiões que mais contribuíram para esse resultado foram a América do Norte e a Europa", informou.

O turismo, com 2,8 bilhões de dólares, é a segunda fonte de receitas de Cuba, depois da venda de serviços profissionais, especialmente médicos.

Em meio à reaproximação histórica com os Estados Unidos, os americanos foram durante o primeiro semestre deste ano o terceiro grupo mais numeroso por país a visitar a ilha, só superados por canadenses e cubanos radicados no exterior.

Embora para os americanos ainda esteja em vigor a proibição de turismo em Cuba, o presidente em fim de mandato, Barack Obama, flexibilizou as restrições de viagens à ilha com fins educacionais, culturais, esportivos e religiosos.

Um total de 136.913 americanos chegaram a Cuba entre janeiro e julho, 79,7% a mais que no primeiro semestre de 2015, de acordo com o Departamento Nacional de Estatísticas.

Outras fontes importantes de turistas para Cuba são Alemanha, França, Itália, Grã-Bretanha e Espanha.

As autoridades cubanas consideram que a taxa de crescimento de visitantes dos Estados Unidos e dos cubanos que vivem naquele país pode crescer ainda mais depois que os dois países abriram em agosto seu céu aos voos regulares, após meio século. Em maio os cruzeiros já haviam sido reativados.

Após meio século de ruptura e confronto político, Cuba e Estados Unidos restabeleceram relações diplomáticas em julho de 2015, mas Washington mantém em vigor o embargo comercial imposto à ilha em 1962.