Dois meses depois da tragédia em Pedrógão Grande, centro de Portugal segue em chamas
Sardoal, Portugal, 17 Ago 2017 (AFP) - Os incêndios florestais continuavam devastando o centro de Portugal, afetado por uma nova onda de ocorrências, que mobilizaram mais de 1.500 bombeiros na quinta-feira, justamente dois meses depois da morte de 64 pessoas em Pedrógão Grande.
O foco mais preocupante foi declarado ontem no município de Mação que, após ter sido atingido por um primeiro incêndio no final de julho, viu desaparecer entre "80% e 90%" da sua superfície, segundo o prefeito, Vasco Estrela.
Esta vila de cerca de 2.000 habitantes, rodeado pelas chamas durante a madrugada de quinta-feira, assim como outros povoados ao redor, encontra-se a apenas 40 km ao sul de Pedrógão Grande.
Durante a manhã, os bombeiros tentavam deter o avanço do fogo no município de Sardoal, às portas dos povoados de Vale Formoso e Alcaravela, segundo jornalistas da AFP no local.
"Viemos aqui para ajudar os bombeiros como podemos, por exemplo apagando pequenos fogos. Em uma situação tão dramática, qualquer ajuda é útil", assegurou Inês Azevedo, uma habitante do povoado vizinho de Mouriscas.
Desde quarta-feira passada, os incêndios nesta região deixaram um total de 86 feridos, sete deles em estado grave, indicou a Proteção Civil. Nas últimas 24 horas, cerca de 130 pessoas foram evacuadas dos povoados vizinhos a Mação, Sardoal e Abrantes.
Há uma semana, os cerca de 40.000 habitantes da localidade de Abrantes, situada a 20 km de Mação, também viveram momentos de pânico ao ver as chamas se aproximarem de zonas industriais.
Ante um clima que faz prever um novo aumento do risco de incêndio nos próximos dias, o governo decidiu, nesta quinta-feira, decretar estado de catástrofe pública em várias regiões do centro e do norte do país.
Em todo Portugal, os incêndios florestais destruíram 141.000 hectares desde o início do ano, três vezes mais que a média da última década, segundo uma estimativa provisória.
- Reforços da Espanha -Todos os dias, sob altas temperaturas, milhares de bombeiros lutam contra incessantes fogos, que chegaram a 268 no sábado, um recorde desde o início do ano.
Portugal recebeu novos reforços enviados pela Espanha no âmbito do mecanismo de entreajuda europeia. Além de um avião cisterna marroquino, os bombeiros contavam na quinta-feira com o apoio de 160 homens, 27 veículos e quatro aviões anti-incêndio espanhóis.
As autoridades prenderam 91 supostos incendiários desde o início do ano. Trata-se de outro recorde, apontou a ministra do Interior, Constança Urbano de Sousa, acrescentando que "a maioria dos incêndios é causada por pessoas, por negligência ou malícia".
Com motivo dos dois meses da morte de 64 pessoas em Pedrógão Grande e nos municípios vizinhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, o primeiro-ministro, António Costa, e o presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, viajarão na quinta-feira à região.
Foram necessários cinco dias para controlar este gigantesco incêndio, que deixou mais de 250 feridos e danificou 500 casas.
Muitas das vítimas faleceram em 17 de junho em seus carros, presas em uma rodovia nacional quando tentavam fugir das chamas que se propagavam a uma velocidade inaudita.
Enquanto a população local denuncia a lentidão das obras de reconstrução, a tragédia reacendeu o debate sobre a ineficácia dos serviços de resgate e das políticas de gestão florestal.
pho-tsc/bcr/mct/bc/es/db/mvv
O foco mais preocupante foi declarado ontem no município de Mação que, após ter sido atingido por um primeiro incêndio no final de julho, viu desaparecer entre "80% e 90%" da sua superfície, segundo o prefeito, Vasco Estrela.
Esta vila de cerca de 2.000 habitantes, rodeado pelas chamas durante a madrugada de quinta-feira, assim como outros povoados ao redor, encontra-se a apenas 40 km ao sul de Pedrógão Grande.
Durante a manhã, os bombeiros tentavam deter o avanço do fogo no município de Sardoal, às portas dos povoados de Vale Formoso e Alcaravela, segundo jornalistas da AFP no local.
"Viemos aqui para ajudar os bombeiros como podemos, por exemplo apagando pequenos fogos. Em uma situação tão dramática, qualquer ajuda é útil", assegurou Inês Azevedo, uma habitante do povoado vizinho de Mouriscas.
Desde quarta-feira passada, os incêndios nesta região deixaram um total de 86 feridos, sete deles em estado grave, indicou a Proteção Civil. Nas últimas 24 horas, cerca de 130 pessoas foram evacuadas dos povoados vizinhos a Mação, Sardoal e Abrantes.
Há uma semana, os cerca de 40.000 habitantes da localidade de Abrantes, situada a 20 km de Mação, também viveram momentos de pânico ao ver as chamas se aproximarem de zonas industriais.
Ante um clima que faz prever um novo aumento do risco de incêndio nos próximos dias, o governo decidiu, nesta quinta-feira, decretar estado de catástrofe pública em várias regiões do centro e do norte do país.
Em todo Portugal, os incêndios florestais destruíram 141.000 hectares desde o início do ano, três vezes mais que a média da última década, segundo uma estimativa provisória.
- Reforços da Espanha -Todos os dias, sob altas temperaturas, milhares de bombeiros lutam contra incessantes fogos, que chegaram a 268 no sábado, um recorde desde o início do ano.
Portugal recebeu novos reforços enviados pela Espanha no âmbito do mecanismo de entreajuda europeia. Além de um avião cisterna marroquino, os bombeiros contavam na quinta-feira com o apoio de 160 homens, 27 veículos e quatro aviões anti-incêndio espanhóis.
As autoridades prenderam 91 supostos incendiários desde o início do ano. Trata-se de outro recorde, apontou a ministra do Interior, Constança Urbano de Sousa, acrescentando que "a maioria dos incêndios é causada por pessoas, por negligência ou malícia".
Com motivo dos dois meses da morte de 64 pessoas em Pedrógão Grande e nos municípios vizinhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, o primeiro-ministro, António Costa, e o presidente, Marcelo Rebelo de Sousa, viajarão na quinta-feira à região.
Foram necessários cinco dias para controlar este gigantesco incêndio, que deixou mais de 250 feridos e danificou 500 casas.
Muitas das vítimas faleceram em 17 de junho em seus carros, presas em uma rodovia nacional quando tentavam fugir das chamas que se propagavam a uma velocidade inaudita.
Enquanto a população local denuncia a lentidão das obras de reconstrução, a tragédia reacendeu o debate sobre a ineficácia dos serviços de resgate e das políticas de gestão florestal.
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