EUA iniciam plano para desestimular imigração ilegal pela fronteira com o México
Washington, 25 Jan 2019 (AFP) - Os migrantes que solicitam asilo nos Estados Unidos devem, a partir desta sexta-feira, permanecer no México enquanto seus casos são avaliados, em uma nova medida do governo de Donald Trump que pretende evitar a imigração ilegal através da fronteira sul.
O plano, anunciado em dezembro, será lançado inicialmente na fronteira Tijuana-San Ysidro, segundo uma fonte do Departamento de Segurança Interna (DHS) que pediu anonimato.
Dezenas de milhares de centro-americanos seguiram até este cruzamento no último ano para pedir asilo. As autoridades pretendem agora impedir que os migrantes permaneçam dentro dos Estados Unidos depois que apresentam os pedidos de asilo.
Funcionários do DHS afirmam que quase todos desaparecem no território americano e nunca se apresentam para as audiências nas cortes migratórias.
Também afirmam que pelo menos 80% dos casos de asilo, a maioria de pessoas pobres que fogem da violência em Honduras, Guatemala e El Salvador, não têm base.
Com 800.000 solicitações de asilo que ainda devem ser processadas, os novos pedidos podem demorar meses ou até anos para a tramitação.
O governo de Donald Trump espera que a medida represente um fato dissuasivo para os migrantes, no momento em que quatro caravanas de centro-americanos, especialmente hondurenhos, seguem em direção aos Estados Unidos em busca de melhores condições de vida.
"Implementamos uma ação sem precedentes que atacará a crise humanitária e de segurança atual em nossa fronteira sul", afirmou em um comunicado a secretária de Segurança Interna, Kirstjen Nielsen.
"Por muito tempo, nosso sistema migratório tem sido explorado por contrabandistas, traficantes e aqueles que não têm direito de permanecer nos Estados Unidos", completou.
pmh/ska/rsr
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