ONU pede US$ 2,5 tri para países em desenvolvimento pela pandemia
Genebra, 30 Mar 2020 (AFP) - Nesta segunda-feira, economistas das Nações Unidas pediram US$ 2 trilhões e meio em fundos, subsídios e cancelamento de dívidas para ajudar os países em desenvolvimento a lidar com a pandemia do Covid-19.
Em um estudo publicado nesta segunda-feira, a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) destacou que as conseqüências econômicas relacionadas à nova pandemia de coronavírus "são cada vez mais difíceis de prever", mas que "está claro que as coisas vão piorar para as economias em desenvolvimento".
A UNCTAD pede a adoção de um plano de apoio que inclua a injeção de 1 trilhão de dólares, o cancelamento de dívidas por mais trilhões e a concessão de 500 bilhões em subsídios em serviços de saúde de emergência e programas de assistência social.
"Embora os maciços planos de reativação existentes atualmente permitam evitar um longo período de depressão, eles não impedirão uma recessão na economia mundial este ano", revelou o estudo.
Segundo economistas da UNCTAD, os países em desenvolvimento, com a possível exceção da China e talvez da Índia, enfrentarão sérias dificuldades devido à pandemia que deixa pelo menos 34.600 mortos no mundo desde que apareceu no final de dezembro em uma cidade chinesa.
As consequências dessa pandemia combinada com uma recessão global serão catastróficas para muitos países em desenvolvimento, de acordo com a UNCTAD, que estima que essas nações terão que enfrentar um déficit de financiamento de 2 a 3 trilhões de dólares nos próximos dois anos.
"As economias avançadas estão comprometidas em fazer o que for necessário para impedir que seus negócios e suas famílias sofram grandes perdas de renda", disse o diretor da Divisão de Estratégias de Globalização e Desenvolvimento da UNCTAD, Richard Kozul-Wright, citado em uma declaração.
"Mas se os líderes do G20 querem respeitar seu compromisso com 'uma resposta global em espírito de solidariedade', é preciso adotar medidas para as 6 bilhões de pessoas que vivem fora das economias do G20", acrescentou.
Economistas da ONU também pedem a implementação de controles de capital para "limitar o aumento das fugas de capital" desses países.
apo/gab/stb/mis/mb/cc
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