República Dominicana vota para presidente após dia recorde de contágios de COVID-19
Santo Domingo, 5 Jul 2020 (AFP) - Com o fechamento dos centros de votação no final da tarde de domingo, a República Dominicana aguarda os resultados das eleições presidenciais, em meio a uma explosão de infecções por COVID-19.
Depois de receber os eleitores que usavam máscaras faciais e mantiveram dois metros de distância nas filas, os centros de votação fecharam às 17H00 (horário local), confirmou a AFP, em um processo no qual o Partido de Libertação Dominicana de centro-esquerda (PLD), no poder há 16 anos, chegou com desvantagem nas pesquisas.
O opositor Luis Abinader, recém recuperado do coronavírus, e o candidato do partido do governo, Gonzalo Castillo, são os favoritos para ganhar a presidência.
As principais pesquisas projetavam Abinader como vencedor, candidato pelo social-democrata Partido Revolucionário Moderno (PRM), sobre Castillo, embora não necessariamente com 51% dos votos necessários para ser proclamado em primeiro turno. Um eventual segundo turno está marcado para 26 de julho.
Competem outros quatro candidatos: o ex-presidente Leonel Fernández (1996-2000, 2004-2008 e 2008-2012) por um partido próprio que fundou após romper com o PLD, Força do Povo; e Guillermo Moreno, Ismael Reyes e Juan Cohen por outros partidos políticos minoritários.
Um total de 7,5 milhões de dominicanos foram convocados às urnas para eleger presidente, vice-presidente, 32 senadores, 190 deputados e 20 representantes no Parlamento. Cerca de 600.000 eleitores (7,9% do padrão eleitoral) estão habilitados no exterior.
- "Evitar as aglomerações" - O chefe da missão de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA), Eduardo Frei, pediu aos eleitores que votem "cedo para evitar as aglomerações".
As eleições dominicanas foram supervisiondas por 151 observadores internacionais, informou a Junta Central Eleitoral.
Um membro da missão de observadores enviada pela Organização de Estados Americanos (OEA) que viajou de Washington para a ilha testou positivo para a COVID-19 e se encontra isolado, informou a organização em sua conta no Twiiter.
A COVID-19 mudou completamente a dinâmica típica de uma campanha eleitoral no país. A declaração de emergência nacional devido ao coronavírus, vigente até 30 de junho, evitou grandes atos de campanha políticas.
No entanto, após o fim do estado de exceção, o governo de Danilo Medina permitiu que os candidatos se reunissem com centenas de apoiadores no final da campanha.
O ministro da Saúde Pública, Rafael Sánchez Cárdenas, reconheceu nesta semana que foi difícil controlar as aglomerações no contexto eleitoral. Mas sua expectativa é que, quando as votações deste domingo terminarem, a situação da saúde não entre em colapso e o país esteja "em capacidade de responder".
Um homem morreu e outro ficou ferido neste domingo em um "tiroteio" após uma discussão nos arredores de um centro eleitoral da capital.
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