Biden apresentará gigantesco plano de recuperação econômica nos EUA
Washington, 9 Jul 2020 (AFP) - O democrata Joe Biden apresentará nesta quinta-feira (9) um plano de US$ 700 bilhões de dólares para reativar a produção nos EUA, afetada pela pandemia do novo coronavírus, um plano concorrente ao programa econômico do seu rival nas próximas eleições presidenciais em novembro, o republicano Donald Trump.
O candidato democrata à Casa Branca, que luta para retomar sua campanha presidencial interrompida pela pandemia, deve apresentar parte de seu plano durante a visita a uma fábrica em Dunmore, Pensilvânia, um estado-chave para derrotar Trump em 3 de novembro.
Esse ambicioso plano prevê a criação de mais de cinco milhões de novos empregos e o retorno dos perdidos durante a crise ocasionada pela COVID-19, que abalou a primeira economia do mundo e deixou 18 milhões de desempregados no país.
O plano combina investimentos na indústria nacional e em pesquisa, a independência em relação aos fornecedores estrangeiros, assistência a pequenas empresas e uma maior liberdade para os trabalhadores ingressarem em um sindicato.
Biden "não aceita a visão derrotista de que as forças da automação e da globalização nos tornam incapazes de manter empregos bem remunerados e sindicalizados e de criar mais empregos desse tipo nos Estados Unidos", ressalta a equipe de campanha do ex-vice-presidente, que é apoiado por vários organizações sindicais.
"A indústria americana foi o arsenal da democracia durante a Segunda Guerra Mundial, e deve fazer parte do arsenal da prosperidade americana atualmente, ajudando a impulsionar a recuperação econômica das famílias trabalhadoras", diz a apresentação do plano.
Com este projeto, Biden espera afastar dúvidas sobre sua capacidade de gerenciar a economia americana, se comparado ao bilionário e ex-magnata imobiliário.
Em 2016, a vitória de Trump se baseou em parte na promessa de reviver a atividade industrial do país após ondas de realocação de manufaturas, da renegociação de acordos comerciais internacionais que o presidente afirmava serem desfavoráveis aos Estados Unidos.
O plano também exige "a maior mobilização de investimentos públicos em abastecimento, infraestrutura, pesquisa e desenvolvimento desde a Segunda Guerra Mundial", afirmou a equipe de Biden.
O democrata também lançará um estudo sobre as fraquezas da cadeia de abastecimento em setores como o de produção de equipamentos médicos. De acordo com seus assessores, o tratamento errático do governo Trump em relação à pandemia do novo coronavírus provocou uma escassez de equipamentos de proteção, como máscaras cirúrgicas.
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