Hong Kong remove conteúdo 'sensível' dos livros escolares
Hong Kong, 20 Ago 2020 (AFP) - As editoras de Hong Kong foram instadas a remover o conteúdo "sensível" dos livros, informou a imprensa nesta quinta-feira (20), em um contexto de aumento do controle da liberdade de ensino, após a aprovação de uma lei draconiana de segurança nacional.
A menção de "desobediência civil", fotos de certos slogans do movimento de protesto e nomes de determinados partidos políticos foram retirados das obras utilizadas nos cursos de cultura geral do ensino médio.
A censura é uma forma de acabar com todas as dissidências no território, abalado no ano passado por vários meses de protestos, às vezes violentos, a favor de uma democracia maior.
A educação é um dos setores que suscita maior indignação na China. A classe política de Hong Kong, leal a Pequim, considera que algumas escolas oferecem apoio aos manifestantes pró-democracia.
O curso de cultura geral, chamado "Estudos Liberais", que propõe desenvolver o pensamento crítico, tornou-se um empecilho para a China, já que os políticos pró-Pequim em Hong Kong clamam por uma educação mais "patriótica".
O sindicato de professores profissionais de Hong Kong (HKPTU) acusou a Secretaria de Educação, que exigiu essas mudanças, de censura política.
"Isso adoça e até distorce a realidade da sociedade", disse o HKPTU, solicitando às autoridades que garantam a liberdade de educação no território.
O acordo de retrocessão da ex-colônia britânica à China previa a garantia de certas liberdades em Hong Kong até 2047, principalmente as de expressão e de imprensa, desconhecidas na China continental.
A Lei de Segurança Nacional, que entrou em vigor no final de junho, tornou certas declarações políticas ilegais da noite para o dia. Os infratores enfrentam longas penas de prisão.
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