Três chacinas em 24h deixam 17 mortos na Colômbia
Pelo menos 17 pessoas foram assassinadas em três massacres em vários pontos da Colômbia, em um dos piores ataques de grupos armados desde a assinatura da paz em 2016, informaram as autoridades.
Até sexta-feira, 11 pessoas morreram violentamente nas áreas de fronteira com a Venezuela e o Equador. Neste sábado, Jhon Rojas, o governador de Nariño, uma das áreas afetadas pela violência, informou em um vídeo sobre "um novo massacre" que deixou pelo menos seis mortos e duas pessoas desaparecidas em La Guayacana, uma área rural do município de Tumaco em Nariño.
Segundo o governador, o presidente Iván Duque presidirá uma reunião de segurança com autoridades do sudoeste do país para analisar o ressurgimento da violência financiada pelo narcotráfico.
O ocorrido em Tumaco se junta às mortes relatadas na sexta-feira.
Em um primeiro ocorrido, cinco pessoas foram assassinadas no município de Arauca, no departamento homôninom limítrofe com a Venezuela.
"Por enquanto está sendo investigado para ver se as pessoas são colombianas ou venezuelanas", disse o governador de Arauca, Facundo Castillo.
Do outro lado, "seis pessoas foram assassinadas na aldeia de Uribe", na cidade de El Tambo, Cauca, segundo informações fornecidas à AFP pelo prefeito, Carlos Vela.
Tanto o departamento de Cauca como Arauca são disputados à sangue e fogo pelo Exército de Libertação Nacional (ELN), reconhecido como a última guerrilha da Colômbia, dissidentes das FARC que se marginalizaram do acordo de paz de 2016 e gangues narcotraficantes de origem paramilitar.
As mortes conhecidas nas últimas 24 horas estão sendo investigadas e se juntam aos 33 massacres registrados pelas Nações Unidas neste ano.
Segundo a ONU, um massacre ocorre quando três ou mais pessoas são assassinadas em um mesmo local ou por um mesmo assassino.
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