Duque denuncia que Maduro tenta comprar mísseis por meio do Irã
Bogotá, 20 ago (EFE).- O presidente da Colômbia, Ivan Duque, denunciou nesta quinta-feira que o governo da Venezuela está tentando comprar mísseis por meio do Irã e que também está repassando armas de Rússia e Belarus para a guerrilha colombiana Exército de Libertação Nacional (ELN).
"Há informações de agências internacionais de inteligência que trabalham conosco mostrando que há um interesse da ditadura de Nicolás Maduro em adquirir alguns mísseis de médio e longo alcances através do Irã", disse Duque no fórum virtual "Compromisso para o Futuro da Colômbia".
O fórum foi organizado pela Fundação Internacional para a Liberdade (FIL), presidida pelo escritor Mario Vargas Llosa, que tem como objetivo promover a liberdade, a democracia e o Estado de Direito na América Latina.
Duque acrescentou que as informações disponíveis são de que "os mísseis ainda não chegaram, mas que estas abordagens foram feitas, particularmente com a instrução de (Vladimir) Padrino", o ministro da defesa da Venezuela.
O presidente colombiano também disse que há informações de agências de segurança de que membros da Guarda Nacional Bolivariana estão repassando armas da Rússia e de Belarus para o ELN - que supostamente conta com simpatia de Maduro - e que algumas são usadas em áreas de fronteira entre os dois países sul-americanos.
"Temos informações de inteligência (...) de muito tempo atrás, mas também confirmamos que há membros da Guarda venezuelana que estão repassando armas de outros países, particularmente de Rússia e Belarus, para estas estruturas (do ELN) nas áreas de fronteira", afirmou.
A PROXIMIDADE DA VENEZUELA COM O ELN.
Duque ressaltou que o grupo guerrilheiro é um dos mais letais da Colômbia atualmente e que atua na região de mineração da Venezuela.
O presidente colombiano também disse que existem vídeos nos quais até mesmo este grupo guerrilheiro jura fidelidade ao regime de Maduro.
Há algumas semanas, o jornal "El Tiempo" divulgou um vídeo no qual um guerrilheiro com o codinome "Edward", da Frente Oriental do ELN, diz a Maduro para "contar com o Exército de Libertação Nacional até a morte".
"Somos leais à Venezuela e queremos que eles tenham confiança em nossas tropas, em nossa força militar. Somos um só para defender o país de Simon Bolívar", disse o guerrilheiro.
A Colômbia faz parte do grupo de mais de 50 países que reconhecem o líder opositor Juan Guaidó como presidente legítimo da Venezuela e não mantém relações diplomáticas com o regime de Maduro desde 23 de fevereiro de 2019. EFE
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