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Candidata nigeriana à OMC está confiante, apesar da oposição dos EUA

29/10/2020 15h54

Genebra, 29 Out 2020 (AFP) - A nigeriana Ngozi Okonjo Iweala, candidata à presidência da Organização Mundial do Comércio, afirmou nesta quinta-feira (29) que se mantém otimista, apesar da decisão dos Estados Unidos de vetá-la.

"Continuamos positivos!", manifestou-se, em um tuíte, Okonjo Iweala, em alusão à disputa com outra candidata, a sul-coreana Yoo Myung hee.

Após a terceira rodada do processo de seleção da direção-geral da OMC, os organizadores anunciaram na quarta-feira que, com base em suas consultas com todas as delegações, a candidata mais bem colocada para assumir o cargo é Okonjo Iweala.

Os Estados Unidos, no entanto, se opuseram e com isso impediram, até o momento, que a ex-número dois do Banco Mundial torne-se a primeira mulher e primeira pessoa africana a assumir as rédeas da OMC.

Em Washington, o escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos destacou que, em sua opinião, a candidata sul-coreana tem "todas as competências necessárias para liderar efetivamente a organização".

Essa decisão mergulhou a OMC em uma incerteza ainda maior.

A instituição, cujas decisões costumam ser adotadas por consenso, está sem liderança desde a saída por razões familiares do brasileiro Roberto Azevedo, no final de agosto.

Como o veto dos EUA prejudica o processo de seleção, os membros da OMC planejam se reunir em 9 de novembro em Genebra, depois da eleição presidencial americana no dia 3, para decidir sobre o futuro da instituição.

No caso de desacordo, é possível organizar uma votação, mas a OMC nunca recorreu a essa tática.

Enquanto isso, a ex-ministra das Relações Exteriores e Finanças da Nigéria se disse "muito honrada por ter sido declarada a candidata com o maior apoio entre os membros" da instituição "e a mais suscetível de ser objeto de consenso".

"Passamos para a próxima etapa em 9 de novembro, apesar dos problemas", tuitou.

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