Primeiro-ministro da Líbia pede saída de tropas estrangeiras
O primeiro-ministro da Líbia, Abdel Hamid Dbeibah, pediu a saída dos 20.000 combatentes estrangeiros presentes em seu país, durante um discurso aos deputados que na quarta-feira devem aprovar sua nomeação ao cargo.
"Os mercenários são uma facada nas costas. Devem ir embora. Nossa soberania está sendo violada pela sua presença", disse Dbeibah.
Na semana passada, observadores internacionais chegaram na Líbia para verificar a saída dos combatentes estrangeiros, na aplicação do acordo de cessar-fogo de 23 de outubro.
Reunidos nesta terça-fera pelo segundo dia consecutivo em Sirte, os deputados escutaram a mensagem e debateram a composição do governo, antes de suspenderem a sessão até quarta-feira "para finalizar as deliberações antes do voto de confiança", disse à AFP o deputado Ismail al-Sharif.
Sobre sua equipe, Dbeibah disse que seu "primeiro objetivo foi escolher pessoas com as quais possa trabalhar, sem importar de onde venham".
Também denunciou uma "campanha feroz" para "destruir" o país, referindo-se às suspeitas de corrupção que pesam sob o processo que permitiu sua designação.
Segundo o comitê de especialistas da ONU no anexo de um relatório obtido no final de fevereiro pela AFP, o diálogo inter-líbio patrocinado pelas Nações Unidas e que permitiu a designação de Dbeibah foi atormentado por diálogos de corrupção.
O relatório será apresentado oficialmente aos 15 membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas em meados de março. É possível que o anexo que fala de corrupção não se torne público.
Dbeibah, um bilionário de 61 anos oriundo de Misrata (oeste), foi nomeado primeiro-ministro interino em 5 de fevereiro por 75 autoridades líbias reunidas em Genebra, sob o amparo da ONU.
Se obtiver a confiança dos deputados, Dbeibah deverá administrar a transição até as eleições de dezembro.
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