China chama reforma eleitoral de Hong Kong de um segundo 'golpe'
O regime chinês justificou nesta sexta-feira (12) a imposição de uma reforma eleitoral em Hong Kong afirmando ser um segundo "golpe" depois da lei de segurança nacional que acabou com o "caos" do ano passado na ex-colônia britânica.
A China não fará "nenhuma concessão" em seu projeto de reforma eleitoral, disse um alto funcionário do regime comunista à imprensa, após críticas do Ocidente, que acusa Pequim de querer sufocar a democracia em Hong Kong.
O projeto, promovido pelo Parlamento chinês na quinta-feira, autorizaria um "comitê eleitoral" subordinado a Pequim a selecionar candidatos para as eleições legislativas no território autônomo.
Esse dispositivo permitiria à China descartar candidatos favoráveis à oposição pró-democracia, que venceu por maioria nas eleições em 2019 ao eleger vereadores distritais.
Numa conferência de imprensa, Zhang Xiaoming, um alto funcionário do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau do governo chinês, justificou a lei por causa do "caos" que afirmou ter dominado a metrópole financeira durante as manifestações em massa contra o Executivo pró-Pequim em 2019.
O projeto de lei e a adoção, no ano passado, de uma lei de segurança nacional que reprimiu os protestos são "uma série de golpes com o objetivo de deter o caos" em Hong Kong, disse Zhang.
Ele rejeitou as críticas de Londres, Bruxelas e Washington e garantiu que Pequim não fará concessões a forças estrangeiras que desejam desestabilizar Hong Kong.
"É uma luta contra as tentativas de tomada de poder, subversão e infiltração. Nessas questões, não vamos abrir mão de nada", insistiu.
bys/bar/ehl/am
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