Topo

Esse conteúdo é antigo

Mais de 1.800 presos escapam de prisão na Nigéria após ataque explosivo

Fachada da penitenciária após ataque sem autores assumidos - Reprodução/YouTube/REUTERS
Fachada da penitenciária após ataque sem autores assumidos Imagem: Reprodução/YouTube/REUTERS

Colaboração para o UOL, em São Paulo

06/04/2021 14h50

Mais de 1,8 mil presidiários escaparam de uma prisão no estado de Imo, no sudeste da Nigéria, ontem, após um ataque de "homens armados", conforme divulgado pelos serviços penitenciários nigerianos à agência AFP.

"Homens armados não identificados atacaram a prisão de Owerri por volta das 2h15 da madrugada desta segunda-feira, 5 de abril (...) e libertaram 1.844 detidos", disse Francis Enoborre, porta-voz dos serviços penitenciários, especificando que explosivos foram usados na ação.

"Testemunhas dizem que viram um número significativo de homens armados a bordo de caminhonetes (...) Eles imediatamente atacaram os funcionários da prisão antes de explodir o portão principal", acrescenta o comunicado.

O assessor de imprensa do serviço penitenciário estadual de Imo, James Madugba, confirmou o atentado e convidou os moradores a "continuarem seus afazeres", afirmando que "a situação está sob controle".

Mesmo assim, "Muitos temem que os detidos se vinguem daqueles que os levaram para a prisão e represálias das forças de segurança contra a cidade", conforme dito por Damian Duruiheoma, jornalista local, para a agência.

De acordo com o jornal Daily Mail, seis internos retornaram para a prisão desde a fuga, enquanto 35 deles se recusaram a deixar o presídio.

O estado vizinho de Abia decretou um toque de recolher das 22h às 06h (horário local) devido a este ataque, tido como o maior contra uma prisão na história recente do país africano.

O presidente nigeriano Mahammadu Buhari condenou o ocorrido, classificando seus autores como "terroristas e anarquistas", mas sem mencionar o movimento separatista do Povo Indígena de Biafra (IPOB).

Emma Powerful, porta-voz do grupo, negou qualquer vínculo do movimento com o ataque à prisão, em um comunicado enviado à AFP.