Ao menos 31 feridos em confrontos entre manifestantes e polícia em Bogotá
Bogotá, 29 Set 2021 (AFP) - Ao menos 31 pessoas ficaram feridas na noite de terça-feira (28) em confrontos entre manifestantes e a polícia após um dia de protestos convocado por sindicatos e centrais de trabalhadores.
"Temos 31 pessoas lesionadas entre policiais e particulares", informou nesta quarta-feira Julián Pinilla, chefe da 'Personeria de Bogotá', entidade que vela pelos direitos humanos na cidade.
Os confrontos ocorreram em diferentes pontos da capital no início da noite, depois de manifestações convocadas pelo chamado Comitê Nacional de Paralisação.
A organização - que reúne sindicatos, centrais de trabalhadores, professores e um pequeno setor de estudantes - pedia ao Congresso que aprove uma lista de dez projetos de lei voltados para ajudar os mais pobres durante a pandemia.
As demandas incluem uma renda básica de cerca de 250 dólares, gratuidade para acessar a educação superior e fortalecer o sistema de saúde.
O comitê afirma que alguns partidos no legislativo "não processam as petições" e estão atrasando sua discussão.
"Em sua maioria, foram manifestações públicas e muito pacíficas", ressaltou o diretor-geral da polícia, Jorge Vargas que, no entanto, denunciou que oito uniformizados ficaram feridos em atos de vandalismo.
O Comitê Nacional de Paralisação também convocou em abril centenas de milhares de pessoas que protestaram contra uma proposta de reforma tributária que pretendia taxar com impostos a classe média em plena crise econômica.
O movimento, que começou no dia 28 desse mês, desencadeou uma crise social e política sem precedentes.
O presidente Iván Duque desistiu rapidamente da ideia, embora as manifestações tenham se prolongado com intensidade por quase dois meses. Ao menos 60 pessoas morreram, de acordo com a Defensoria Pública.
Em meados de setembro, o governo impôs novos impostos a empresas e ao setor financeiro para amenizar a crise sem afetar a classe trabalhadora.
Segundo a autoridade estatística, 15% dos colombianos não têm emprego, o que se traduz em 1,8 milhão de pessoas desocupadas.
Os estragos provocados pelo vírus elevaram a pobreza de 37% para 42% dos 50 milhões de habitantes.
das/gm/aa
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