Itália adota novas medidas devido ao aumento de contágios de covid-19
A Itália decidiu nesta quarta-feira (24) encurtar o intervalo das doses de reforço da vacina contra a covid-19 e adotar novas restrições às pessoas não imunizadas, informou o governo.
A partir desta quarta, todos os italianos maiores de 40 anos poderão receber o reforço uma vez que tenham completado pelo menos cinco meses da segunda dose.
Além disso, para conter a quarta onda de contágios, o governo italiano decidiu que a partir de 6 de dezembro, as pessoas não vacinadas não poderão ingressar em restaurantes, bares, cinemas, teatros, clubes noturnos ou academias de ginástica.
Só os vacinados e quem tiver se curado há pelo menos seis meses da doença poderão acessar áreas de lazer.
O exame negativo não servirá mais para entrar em locais de lazer, mas será aceito para ir ao local de trabalho e usar o transporte público local.
"A situação da Itália está em leve e constante piora", alertou à imprensa o primeiro-ministro, Mario Draghi, ao ilustrar as medidas.
"Estamos entre os países que estão (em situação) melhor, devido ao sucesso da campanha de vacinação", afirmou Draghi, admitindo que as novas medidas foram tomadas para "prevenir e preservar", porque "queremos manter a normalidade sem riscos e queremos continuar com tudo aberto", explicou.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu na terça-feira que o repique da pandemia de covid-19 na Europa pode provocar 700.000 mortes adicionais até março se a tendência atual se mantiver, elevando o total de óbitos a 2,2 milhões na região.
Para a OMS, o aumento dos casos se explica pela combinação de três fatores: a virulência da variante delta, a vacinação insuficiente e uma flexibilização das restrições sanitárias.
A Itália, que pagou um alto preço com mais de 133.000 mortes desde o início da pandemia, reagiu positivamente à campanha de imunização, com mais de 75% da população maior de 12 anos vacinada. Mais de 84% das pessoas estão totalmente vacinadas e 87% receberam pelo menos uma dose.
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