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Washington DC processa grupos de extrema direita por invasão ao Capitólio

A maioria das pessoas citadas na ação já são alvo de processos penais federais - Tom Williams/CQ-Roll Call, Inc via Getty Images
A maioria das pessoas citadas na ação já são alvo de processos penais federais Imagem: Tom Williams/CQ-Roll Call, Inc via Getty Images

14/12/2021 15h20

O governo da cidade de Washington apresentou uma ação nesta terça-feira (14) contra dois grupos de extrema direita por seu papel na violenta invasão ao Capitólio, em 6 de janeiro, por partidários do então presidente, Donald Trump.

A ação civil acusa as organizações Proud Boys, Oath Keepers e mais de 30 pessoas associadas a estes grupos de "conspirar para aterrorizar" a capital americana, disse o procurador-geral do Distrito de Columbia, Karl Racine.

Tem com objetivo "desestimular futuros atos de violência" e compensar as vítimas, incluindo os policiais da capital americana, declarou.

A maioria das pessoas citadas na ação já são alvo de processos penais federais e poderão ser levadas a julgamento nos próximos meses.

A ação se baseia em uma lei promulgada em 1871 para proteger os direitos dos afro-americanos após a abolição da escravatura, em 1865, em particular contra grupos extremistas como a Ku Klux Klan.

Nas décadas de 1980 e 1990, os processos apresentados neste contexto por ativistas antirracistas puseram de joelhos várias organizações extremistas, obrigadas a ceder suas propriedades para pagar indenizações estabelecidas pelos tribunais.

Em novembro, personalidades e organizações de extrema direita nos Estados Unidos foram obrigadas a pagar mais de 25 milhões de dólares às vítimas de um protesto que organizaram em Charlottesville em 2017, e que terminou em tragédia.

Em fevereiro, o congressista democrata Bennie Thompson já tinha apresentado uma ação civil contra os Proud Boys e os Oath Keepers, assim como contra o ex-presidente Donald Trump e seu advogado, Rudy Giuliani, por seu papel no ataque ao Capitólio.

Mas, "esta é a primeira vez que um governo local" tenta obter uma reparação, disse Racine.

Segundo a ação, "o atentado de 6 de janeiro foi um ato coordenado de terrorismo doméstico" e a cidade de Washington foi obrigada "a enfrentar as consequências" deste ataque.

Os seguidores de Trump que invadiram o Capitólio tentavam impedir a certificação da vitória eleitoral do presidente Joe Biden.