Reino Unido condena 'retórica agressiva' da Rússia sobre a Ucrânia
A ministra das Relações Exteriores britânica Liz Truss condenou nesta quinta-feira (23) a "retórica agressiva e incendiária" do Kremlin sobre a Ucrânia e a Otan, mas se mostrou satisfeita com a vontade de Moscou de participar das discussões.
Em um comunicado divulgado após a entrevista coletiva do presidente russo Vladimir Putin, a chefe da diplomacia britânica insistiu que "o reforço da capacidade militar russa em suas fronteiras com a Ucrânia e na Crimeia, anexada ilegalmente, é inaceitável".
"Qualquer incursão russa seria um grave erro estratégico e será combatido com a força", particularmente mediante "sanções coordenadas com nossos aliados, com o objetivo de impor um alto preço aos interesses e à economia da Rússia", continuou.
Destacando o "caráter defensivo da Otan", a ministra destacou que "a única saída da conjuntura atual é por meio do diálogo". "Celebro que a Rússia tenha mostrado sua vontade de fazer negociações em janeiro", acrescentou.
Na entrevista coletiva nesta quinta-feira, Putin considerou "positivas" as primeiras reações americanas à demanda russa de uma desescalada da crise russo-ocidental na Ucrânia.
"Espero que esta primeira reação positiva (americana), com o anúncio do início das negociações (em Genebra), em janeiro, nos permita avançar", afirmou.
O líder russo também insistiu que a Rússia não vai tolerar nenhum sistema de armamento ocidental "em (suas) portas", dois dias depois de ter ameaçado os ocidentais com "medidas militares e técnicas", caso suas demandas não sejam aceitas.
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