Ucrânia pede que Parlamento Europeu reconheça Putin como 'criminoso de guerra'
O ministro ucraniano da Defesa, Oleksiy Reznikov, pediu aos membros do Parlamento Europeu, nesta quinta-feira (17), que considerem o presidente russo, Vladimir Putin, um "criminoso de guerra" e que o bloco aumente seu apoio à Ucrânia.
"Não é apenas uma guerra. É terrorismo de Estado. O Exército regular do agressor está aniquilando, conscientemente, a população civil", disse Reznikov aos eurodeputados, por videoconferência.
"Faço um apelo a todos os membros do Parlamento Europeu para que reconheçam que Putin é um criminoso de guerra, como foi feito nos Estados Unidos", acrescentou.
Em apoio ao seu pedido, Reznikov mencionou o assalto russo à cidade portuária de Mariupol e o bombardeio de um teatro onde, segundo as autoridades ucranianas, cerca de 1.200 mulheres e crianças estavam abrigadas.
O ministro garantiu que, em toda Ucrânia, mais de 400 escolas, 110 hospitais e cerca de mil conjuntos residenciais foram destruídos nas três semanas de ofensiva russa.
Reznikov insistiu em que as forças ucranianas derrotarão o Exército russo, mas pediu à Europa que forneça mais recursos para obterem armas.
"Vamos vencer. É apenas uma questão do preço que o povo ucraniano vai pagar", frisou.
Nesse sentido, o ministro pediu ajuda financeira para permitir que a Ucrânia adquira uma grande quantidade de equipamentos, incluindo aviões a jato, veículos blindados, sistemas antitanque e antiaéreo.
A UE já disponibilizou 500 milhões de euros para fornecer armas a Kiev e há uma proposta em discussão para liberar mais 500 milhões de euros.
Em seu discurso aos eurolegisladores, Reznikov criticou ferozmente a recusa dos países ocidentais a intervirem diretamente para impor uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia.
"Perderemos mais e mais vidas, e mais será o dinheiro que os países europeus pagarão mais tarde para ajudar a Ucrânia a se reconstruir", frisou.