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Dinamarca apresenta plano energético para prescindir de gás russo

19/04/2022 10h22

Copenhaga, 19 Abr 2022 (AFP) - Calefação urbana, bombas de calor, biogás e desenvolvimento massivo da energia eólica e solar são os principais elementos do plano energético que o governo dinamarquês apresentou nesta terça-feira (19) para se tornar independente do gás russo após a invasão da Ucrânia.

A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, anunciou no início de março a elaboração desse plano para prescindir do gás russo "o quanto antes".

O programa prevê que a metade dos 400.000 lares dinamarqueses que atualmente se aquecem com gás recorram daqui até 2028 à calefação urbana ou a bombas de calor que funcionam com eletricidade.

Para o resto das casas e a indústria, o plano também prevê o desenvolvimento do biogás renovável, "que nos assegurará que estejamos livre de Putin", disse o ministro do Clima e Energia, Dan Jørgensen, em uma coletiva de imprensa.

O governo dinamarquês também impulsiona um plano de desenvolvimento das energias renováveis com o objetivo de quadruplicar o número de plantas de energia solar e, sobretudo, de energia eólica terrestres até 2030.

A Dinamarca é um dos países europeus onde a energia eólica está mais desenvolvida. Essa fonte cobre a metade da demanda de eletricidades, enquanto que o resto depende da biomassa e do carvão.

"Queremos desenvolver as energias renováveis tudo o que podemos de forma inteligente", disse Frederiksen.

O gás proporciona ao redor de 18% da energia consumida no país a cada ano, segundo as estatísticas oficiais. Durante muito tempo, a maior parte precedia dos campos do Mar do Norte, mas esses estão em rápido declínio.

Em 2019, a produção nacional cobriu somente 72% do gás consumido no país, segundo a Agência Dinamarquesa de Energia, com a Rússia sendo um dos principais fornecedores de importação.

A Rússia fornece ao redor de 40 a 45% do gás que a União Europeia importa.

Os vinte e sete membros do bloco se esforçam para se afastar do gás russo, mas o esforço levará anos, segundo os analistas.

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