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Desemprego no Brasil cai para 9,3% no segundo trimestre, o menor nível desde 2015

29/07/2022 12h31

O índice de desemprego do Brasil diminuiu 9,3% no segundo trimestre, seu menor nível desde 2015 para esse período, mas o número de trabalhadores informais alcançou um novo recorde, segundo os dados oficiais publicados nesta sexta-feira (29).

Esta é a quarta queda consecutiva na taxa trimestral, que entre março e maio caiu abaixo de 10% pela primeira vez desde janeiro de 2016. 

O número divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra uma queda acentuada do desemprego em relação ao segundo trimestre (abril a junho) do ano passado, quando foi de 14,2%. 

Naquela época, o mercado de trabalho ainda era atormentado pela crise da covid-19. A maior economia da América Latina tem 10,1 milhões de desempregados, quase dois milhões a menos que no primeiro trimestre. 

Mas muitos brasileiros que encontraram trabalho nos últimos meses ainda estão em situação precária: 39,3 milhões de pessoas trabalham na informalidade, ou seja, 40% da população ativa, um recorde desde que o IBGE começou a fazer esse cálculo, em 2016.

"Nesse segundo trimestre, houve a retomada do crescimento do número de trabalhadores por conta própria sem CNPJ, que havia caído no primeiro trimestre", explicou Adriana Beringuy, do IBGE, citada em comunicado.

"Outras categorias principais da informalidade, que são os empregados domésticos sem carteira, continuaram aumentando", acrescentou.

Apesar desses problemas de precariedade, a queda do desemprego é algo positivo para o governo de Bolsonaro, que busca um novo impulso em sua tentativa de reeleição nas eleições de 2 de outubro.

No entanto, o presidente se mantém atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-10) nas pesquisas.

Na noite de quinta-feira, uma pesquisa do instituto Datafolha deu a Bolsonaro 29% dos votos no primeiro turno, contra 47% para Lula, embora tenha conquistado três pontos entre os eleitores mais pobres. 

Os brasileiros viram seu poder de compra ser consumido pela inflação persistente, que acelerou para 11,89% ano a ano em junho.

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© Agence France-Presse