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China: relatório sobre Xinjiang é 'ferramenta política' contra o país

10.05.22 - Durante uma conferência em Istambul, membros da comunidade uigur mostram fotos de parentes desaparecidos na China  - OZAN KOSE/AFP
10.05.22 - Durante uma conferência em Istambul, membros da comunidade uigur mostram fotos de parentes desaparecidos na China Imagem: OZAN KOSE/AFP

01/09/2022 04h50

A China denunciou nesta quinta-feira (1) que o relatório da ONU que aponta supostas violações dos direitos humanos na região de Xinjiang é uma "ferramenta política" contra seu governo.

A ONU publicou na quarta-feira um aguardado relatório sobre abusos de direitos humanos na região chinesa de Xinjiang, no qual alerta sobre possíveis "crimes contra a humanidade" contra a minoria muçulmana uigur e aponta indícios "confiáveis" de torturas.

"O suposto relatório crítico que você mencionou foi planejado e fabricado em primeira mão pelos Estados Unidos e algumas forças ocidentais. É totalmente ilegal e inválido", disse o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, em uma entrevista coletiva.

O relatório é "uma mistura de desinformação e uma ferramenta política da estratégia do Ocidente de utilizar Xinjiang para controlar a China", acrescentou.

Wang também afirmou que o Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas (ACNUDH) atua como "bandido e cúmplice" dos Estados Unidos e do Ocidente "contra a grande maioria dos países em desenvolvimento".

"O ACNUDH criou o relatório do nada, baseado na conspiração política de algumas forças anti-China no exterior", insistiu.

A China foi acusada por vários anos pela detenção de mais de um milhão de uigures e outras minorias muçulmanas na região remota de Xinjiang, oeste do país.

Pequim rejeita com veemência as acusações e insiste que os locais apontados como prisões na verdade são centros de treinamento profissional, que têm o objetivo de contra-atacar o extremismo.