Topo

Tiroteio interrompe visita de Tarcísio de Freitas a Paraisópolis

17/10/2022 13h58

O candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), precisou interromper um ato de campanha na comunidade de Paraisópolis, zona sul da capital paulista, nesta segunda-feira (17), devido a um tiroteio, que as autoridades tentam averiguar se teria o político como alvo.

"Pra mim, [o ataque] é uma questão territorial, um recado claro do crime organizado, dizendo o seguinte: 'vocês não são bem-vindos aqui'", disse em coletiva de imprensa Tarcísio, ex-ministro de Infraestrutura de Bolsonaro.

O candidato contou que visitava as instalações do Primeiro Polo Universitário de Paraisópolis, um projeto social, quando sua equipe começou a ouvir rajadas de tiros.

Freitas afirmou que oito homens a bordo de quatro motos rodearam o edifício onde ele estava, fotografaram seus seguranças e foram embora. Mais tarde, voltaram armados e o tiroteio começou.

Um suspeito de 27 anos e que tinha sido preso duas vezes anteriormente por roubo morreu após uma troca de tiros com a polícia.

"Pra mim não tem nada a ver com uma questão política ou eleitoral, é uma questão territorial que acontece aqui em favelas e comunidades do estado de São Paulo", acrescentou.

Segundo imagens publicadas na imprensa, o candidato e seus assessores se abaixaram no interior do edifício onde estavam para se proteger dos tiros. 

Em seguida, foram retirados do recinto "para preservar a segurança de todos", sem que ninguém da equipe de campanha do candidato tenha ficado ferido, confirmou o secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, general João Camilo Pires.   

Pires assegurou, durante coletiva de imprensa, que até o momento "nenhuma hipótese é dispensada". 

"Talvez (tenha sido uma reação ao) ruído com a presença policial, talvez intimidação, mas vamos aprofundando isso", disse Pires, que detalhou que o tiroteio ocorreu a uma distância "mais ou menos entre 50 ou 100 metros" de onde estava a equipe de campanha do candidato.

Mais cedo, Bolsonaro reagiu rapidamente do Palácio da Alvorada, em Brasília. 

"Tudo é preliminar ainda. Não quero me antecipar. O evento de hoje é um sinal, sendo ou não contra ele, que deve se preocupar ainda mais com a segurança", disse o presidente, que está em campanha pela reeleição.

Freitas disputará no segundo turno, em 30 de outubro, o governo de São Paulo com Fernando Haddad (PT), apoiado por Luiz Inácio Lula da Silva, que por sua vez, enfrenta Bolsonaro na disputa pela Presidência.

msi/app/jc/mvv

© Agence France-Presse