Emissões de CO2 de combustíveis fósseis aumentarão pouco em 2022
A Agência Internacional de Energia (AIE) garantiu nesta quarta-feira (19) que as emissões de CO2 dos combustíveis fósseis, causadores do efeito estufa, crescerão apenas 1% este ano.
A AIE considera que essas emissões de CO2 representarão 33.8 bilhões de toneladas em 2022, pouco mais de 300 milhões de toneladas a mais que em 2021.
Esse aumento é notoriamente inferior ao aumento de mais de dois bilhões de toneladas que o mundo registrou no ano passado, quando a economia foi retomada após a paralisação da pandemia, explicou a agência.
As emissões causadas pelo carvão aumentarão neste ano por conta da guerra na Ucrânia, que provocou uma alta no preço do petróleo bruto e gás natural.
Entretanto, essas emissões serão compensadas pelo aumento do uso de fontes de energias renováveis.
As emissões causadas pelo carvão vão registrar um aumento de 2% este ano (200 milhões de toneladas de CO2).
Segundo os cientistas climáticos, o mundo deve cortar as emissões de CO2 pela metade até 2030. O objetivo é manter a esperança de controlar o aumento da temperatura global a um máximo de 1,5ºC.
Aproximadamente um milhão de toneladas de CO2 não foram lançadas na atmosfera graças a essas tecnologias limpas.
"Isso significa que as emissões de CO2 estão crescendo este ano muito menos rapidamente do que se temia - e que as políticas governamentais estão provocando mudanças estruturais reais", explicou o diretor-executivo da AIE, Fatih Birol.
Segundo a AIE, a produção de energia solar e eólica cresceu mais de 700 terawatts em 2022, um número recorde.
A agência informou que a China, maior emissor de CO2, permanecerá nos mesmos níveis em 2022.
pg/klm/jz/mb/ms/jc
© Agence France-Presse
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