Universitários são presos na Índia por divulgar documentário da BBC sobre Modi
A polícia indiana deteve hoje mais de 20 estudantes da Universidade de Nova Délhi que divulgaram um documentário da BBC sobre o papel do primeiro-ministro Narendra Modi em tumultos inter-religiosos mortais em 2002.
Os estudantes desafiaram a decisão das autoridades desta importante universidade de proibir a divulgação do documentário, cujo acesso nas redes sociais também foi bloqueado pelo governo indiano.
As forças de segurança realizaram as detenções depois que estudantes que apoiam o partido de Modi denunciaram sua divulgação.
A polícia também apreendeu computadores e proibiu as reuniões de mais de quatro pessoas no campus.
Pelo menos 24 estudantes foram presos, indicou o agente da polícia Sagar Singh Kalsi à emissora indiana NDTV.
O documentário acusa o líder nacionalista hindu, então ministro-chefe do estado de Gujarat, de ter ordenado à polícia que ignorasse uma onda de violência que deixou mais de 1.000 mortos, a maioria muçulmanos.
Os distúrbios sangrentos de 2002 em Gujarat, no nordeste do país, começaram após a morte de 59 peregrinos hindus em um incêndio em um trem. Após essa tragédia, 31 muçulmanos foram condenados pelo incidente.
O documentário da BBC cita um relatório do Ministério das Relações Exteriores britânico no qual fontes anônimas dizem que Modi se reuniu com comandantes da polícia e "ordenou que não interviessem" em ataques a muçulmanos.
O texto também considera que esses tumultos mortais não teriam sido possíveis "sem o clima de impunidade" favorecido por Modi, que governou Gujarat até sua eleição em 2014 como primeiro-ministro da Índia.
O governo indiano chamou o documentário de propaganda "hostil" e exigiu que plataformas na internet, como Twitter ou YouTube, impedissem que fosse exibido na Índia.
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