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Ultrarricos perderam 10% de sua fortuna em 2022, segundo estudo

O bilionário Elon Musk é o homem mais rico do mundo e um dos maiores representantes dos ultrarricos - Theo Wargo/WireImage via Getty Images
O bilionário Elon Musk é o homem mais rico do mundo e um dos maiores representantes dos ultrarricos Imagem: Theo Wargo/WireImage via Getty Images

01/03/2023 15h48Atualizada em 01/03/2023 18h22

A fortuna dos ultrarricos diminuiu 10% em 2022, pois seus investimentos foram afetados por aumentos nas taxas de juros como consequência da guerra na Ucrânia e pela inflação, segundo um estudo da consultoria Knight Frank.

A riqueza total acumulada por estas pessoas "muito endinheiradas", definidas como detentoras de pelo menos 30 milhões de dólares (155,8 milhões de reais, incluindo o valor de sua residência principal), "diminuiu 10% em 2022", detalha o estudo, publicado hoje.

"No ano passado, a crise ucraniana alimentou a crise energética europeia e fez disparar a inflação. Como resultado, no ano de 2022 ocorreu um dos movimentos de aumento das taxas de juros mais pronunciados da história", detalhou Liam Bailey, diretor de pesquisas da Knight Frank.

No entanto, quatro em cada dez pessoas ultrarricas "viram sua riqueza aumentar em 2022, mas a tendência geral foi negativa, o que não é surpreendente" porque os aumentos dos juros, aplicados por vários bancos centrais para enfrentar a inflação, pesam nas carteiras de investimentos, detalha a consultoria.

A Europa sofreu a maior queda, com uma redução de -17% destas fortunas, seguida da Australásia (-11%) e das Américas (-10%).

Comparativamente, África e Ásia sofreram as menores reduções (respectivamente, -5% e -7%).

"As taxas de câmbio tiveram um impacto significativo", enquanto "a força do dólar foi incomparável, impulsionada pelo compromisso inabalável do Federal Reserve [Fed, banco central americano] com um dos ciclos de alta dos juros mais rápidos da história", continua o informe.

Embora "persistam riscos importantes para a economia mundial" em 2023, "o sentimento do mercado vai mudar rapidamente com oportunidades muito reais, que emergem dos mercados imobiliários mundiais", com um ponto de inflexão dos juros esperado para este ano, segundo Bailey.