OMS alerta para número 'elevado' de gatos infectados com gripe aviária na Polônia
A Polônia é o primeiro país a registrar um "alto número" de gatos infectados pela gripe aviária em uma área extensa, informou a Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta segunda-feira (17). Segundo a agência, o risco de transmissão para humanos é baixo.
De acordo com a OMS, desde que as autoridades de Varsóvia informaram no mês passado que os gatos morreram de forma incomum em todo o país, 29 testaram positivo para o vírus H5N1.
A fonte de exposição dos gatos ao vírus "não é conhecida atualmente, e as investigações estão em andamento", divulgou a OMS em comunicado.
Desde o final de 2021, a Europa enfrenta seu pior surto de gripe aviária, enquanto as Américas do Norte e do Sul também registram um aumento considerável.
Essa situação levou ao abate de milhões de aves em todo o mundo, muitas delas infectadas pelo H5N1, que surgiu em 1996.
Um aumento preocupante de infecções em mamíferos foi registrado recentemente, e a agência de saúde da ONU especificou que outras infecções esporádicas de gatos já foram relatadas.
Na Polônia, no entanto, "esta é a primeira notificação de um número alto de felinos infectados em uma vasta área geográfica dentro de um país", pontuou a mesma fonte.
Até 12 de julho, nenhuma pessoa que esteve em contato com gatos infectados relatou qualquer sintoma, e a OMS acrescentou que o período de acompanhamento desses contatos terminou.
O risco para donos de gatos, veterinários e outras pessoas que possam estar especialmente expostos a gatos portadores de H5N1 sem equipamento de proteção é de baixo a moderado.
Os casos de H5N1 em humanos são, geralmente, o resultado da exposição direta ou indireta a aves vivas ou mortas ou a um ambiente contaminado.
Desde 2020, a OMS reportou 12 casos de infecção humana com H5N1 em todo o mundo. Quatro eram graves, enquanto os oito restantes eram moderados ou assintomáticos.