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Israel e Hamas se acusam mutuamente pelo fracasso para prorrogar trégua

01/12/2023 14h36

Israel e Hamas acusaram-se mutuamente, nesta sexta-feira (1º), pelo fracasso nas negociações para prolongar a trégua e o atribuíram, em parte, a desacordos sobre a liberação de reféns em Gaza. 

Os bombardeios na Faixa de Gaza, governada pelo movimento islamista Hamas, foram retomados nesta sexta depois que ambas as partes não conseguiram estender o cessar-fogo em vigor desde 24 de novembro. 

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A semana de trégua permitiu a troca de dezenas de reféns nas mãos do Hamas por presos palestinos em Israel e facilitou a entrada de ajuda na Faixa de Gaza. 

A guerra começou em 7 de outubro quando milicianos islamistas invadiram o sul de Israel, matando 1.200 pessoas, em sua maioria civis, e sequestrando 240, segundo as autoridades israelenses. 

Das 240 pessoas capturadas e levadas a Gaza, 137 permanecem no território palestino e 110 - israelenses e estrangeiros - foram liberados, segundo o governo israelense. 

Em troca, Israel liberou 240 prisioneiros palestinos. 

Na quinta-feira, os beligerantes tentaram negociar uma nova prorrogação da trégua até o início da noite, mas fracassaram e, desde então, se acusam mutuamente. 

Ambos reconhecem que, entre outras questões, não entraram em acordo sobre a lista de reféns. 

"Infelizmente, o Hamas decidiu pôr fim à trégua ao não liberar todas as mulheres sequestradas", afirmou o porta-voz do governo israelense, Eylon Levy. 

Ainda há cerca de 20 adultas retidas, entre elas cinco militares que não estavam dentro do acordo de liberação de reféns, segundo Israel. 

O Hamas, por sua vez, indicou em um comunicado ter "proposto uma troca de prisioneiros e pessoas de idade" e a entrega de corpos de reféns "que perderam a vida nos bombardeios" israelenses em Gaza. 

Segundo o Hamas, mais de 15.000 pessoas morreram na campanha israelense em Gaza desde 7 de outubro. 

O grupo islamista afirma que propôs entregar os corpos de um bebê, seu irmão e sua mãe, mortos, segundo o movimento, nos bombardeios israelenses. 

A morte desses três membros da família Bibas não foi confirmada pelas autoridades israelenses. 

O Hamas assegura que também ofereceu liberar o pai das crianças, mas que Israel, "que já havia tomado a decisão de retomar a agressão, não respondeu". 

Perguntado pela AFP, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, respondeu que não queria "abordar informações baseadas na propaganda do Hamas". 

hmw-smw/gab/ayv/vl/sag/jvb/dd 

© Agence France-Presse

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