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Colômbia militariza fronteira com Equador para evitar fuga de criminosos

Mapa da crise no Equador Imagem: Arte/UOL

10/01/2024 17h56Atualizada em 10/01/2024 18h07

A Colômbia reforçou militarmente, nesta quarta-feira (10), a fronteira com o Equador para evitar a passagem de fugitivos e criminosos desse país, assolado pela violência das gangues do narcotráfico que já deixa ao menos 10 mortos e cerca de 100 sequestrados esta semana.

"Nós temos, neste momento, destacado um amplo dispositivo na fronteira", garantiu nesta quarta, em entrevista coletiva, o general Helder Giraldo, comandante das Forças Militares colombianas.

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Os controles foram intensificados em vários pontos do departamento (estado) de Nariño, no sudoeste da Colômbia, "evitando que entrem no país pessoas com questões de antecedentes criminais ou associados com alguma questão delitiva ou de tráfico de drogas", acrescentou o general Alejandro Zapata, subdiretor da polícia.

Cultivos ilícitos e rotas para o contrabando de cocaína são abundantes nesta porosa região fronteiriça, na qual, segundo investigações, gangues equatorianas cooperam com cartéis colombianos de cocaína.

Também haverá operações nos municípios colombianos de Ipiales, Chiles e Carlosama, "em especial neste último, que é uma passagem ilegal", detalhou Zapata.

O Equador enfrenta o terceiro dia consecutivo de terror nas ruas e prisões do país, com uma dezena de mortos, mais de 100 policiais e guardas penitenciários retidos por presos, agressões a jornalistas e uma série de outros ataques.

Na terça-feira em Guayaquil, no sudoeste do Equador, homens armados com fuzis e granadas tomaram uma emissora de televisão pública durante o noticiário ao vivo do meio-dia, ameaçaram jornalistas no ar e atiraram contra dois trabalhadores. Diversos criminosos foram detidos.

Isso aconteceu horas depois de as autoridades confirmarem a fuga da prisão em Guayaquil de Adolfo Macías, conhecido como Fito, líder da principal organização criminosa do país.

Também fugiu de uma prisão de Riobamba, no centro do Equador, o líder criminoso Fabricio Colón Pico, que tinha sido preso depois que a procuradora-geral Diana Salazar o acusou de estar por trás de um plano para assassiná-la.

Segundo um balanço desta quarta-feira da autoridade penitenciária do Equador, 139 funcionários dessa instituição estão retidos pelos detentos em diversas prisões.

Diante desta nova onda de violência, o presidente equatoriano Daniel Noboa, de 36 anos, declarou ontem que o país estava em um "conflito armado interno".

Enquanto isso, as forças estatais estão à procura de Fito e Colón Pico, no meio de um estado de exceção que inclui um toque de recolher.

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